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Os Staphylococcus aureus são encontrados principalmente entre os usuários de drogas
intravenosas e em portadores de próteses valvares. A endocardite tem evolução aguda
(dias a semanas) com fenômenos embólicos frequentes e maior grau de lesão valvar.
Os estreptococos são os agentes mais encontrados (apesar do aumento da
incidência de Staphylococcus), e a maioria pertence ao grupo viridans. A doença
mostra evolução subaguda (semanas a meses). As bactérias Gram-negativas
geralmente cursam com endocardite relacionada com assistência à saúde.
Os fungos podem ser encontrados em usuários de drogas intravenosas e pacientes
internados com risco para infecções fúngicas (nutrição parenteral, uso prévio de
antibiótico de amplo espectro, cirurgia abdominal, entre outros). São vegetações com
grande diâmetro e prognóstico ruim.
Os agentes do grupo HACEK (Haemophyllus spp. Actinobacillus
actinomycetemcomitans, Cardiobacterium hominis, Eikenella corrodens, Kingella
kingae) representam menos de 5% dos casos de endocardites; são Gram-negativos
que crescem em meio de cultura seletiva de maneira fastidiosa. Bartonella spp. é um
Gram-negativo que pode causar EI, transmitida pelo piolho do corpo.
Pacientes com HIV, além de manifestar EI pelos organismos típicos, têm
predisposição a Salmonella sp., Streptococcus pneumoniae, Pseudomonas aeruginosa,
fungos, Salmonella e Listeria, vistos particularmente naqueles com contagem baixa de
CD4.
QUADRO CLÍNICO
A síndrome começa, quase sempre, 2 semanas após a infecção, manifestando febre,
sudorese noturna, perda do apetite, dores, mialgia generalizada, perda de peso, tosse,
artralgia. Apesar de a febre ser o sintoma e o sinal mais comum da EI, ela pode estar
ausente em pacientes com HIV, insuficiência cardíaca (IC), insuficiência renal crônica
(IRC), falência hepática, uso prévio de antimicrobianos ou endocardite por organismos
menos virulentos. Há defervescência em 90% dos pacientes no fim da segunda
semana de tratamento (em geral, a melhora da febre surge depois de 5 a 7 dias do
início do tratamento); porém, caso persista, deve-se desconfiar de abscesso perivalvar,
embolia séptica com formação de abscessos sistêmicos ou hipersensibilidade a drogas.
Os sinais e sintomas apresentados são:
Febre, calafrios e sudorese
Sopros cardíacos
Anorexia e perda de peso
Esplenomegalia (particularmente em EI subaguda)
Petéquias
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