• • • • • • • • • • • • • •
Em 1994, foram criados os Critérios de Duke para o diagnóstico de EI (Quadro
17.1). Esse critério tem especificidade de 99% e valor preditivo negativo maior que
92%, porém acabou tendo de ser modificado pela não classificação de casos com
hemoculturas negativas, pelo aumento do papel do ecocardiograma transesofágico
(ECO TE), pelo risco relativo de bacteriemia por estafilococos e por existirem casos
inconclusivos, ou seja, possíveis.
A endocardite infecciosa é definida por:
dois critérios maiores OU
um critério maior + três critérios menores OU
cinco critérios menores.
A endocardite infecciosa é possível com:
um critério maior + um ou dois critérios menores OU
três critérios menores.
Ela é rejeitada quando:
Existe diagnóstico alternativo explicando firme evidência de endocardite OU
Não houver evidência patológica de endocardite com antibioticoterapia durante
quatro dias
Os critérios para endocardite não forem preenchidos.
Quadro 17.1 Endocardite de acordo com os critérios de Duke modificados.
Critérios maiores
Cultura positiva para EI:
Microrganismos típicos de EI com duas hemoculturas separadas: Streptococcus viridans, Streptococcus bovis, grupo HACEK, Stafilococcus
aureus ou Enterococcus adquiridos na comunidade na ausência de foco primário OU
Microrganismos compatíveis com EI de hemoculturas persistentemente positivas como definido: ao menos duas culturas positivas com
intervalo de mais de 12 h, todas de três ou a maioria de quatro hemoculturas com intervalo de 1 h entre a primeira e a última OU
Cultura sanguínea positiva para Coxiella burnetti ou Ac IgG > 1:800
Evidência de envolvimento endomiocárdico:
Ecocardiograma positivo é definido como presença de vegetação intracardíaca nas valvas ou estruturas cardíacas, abscesso ou nova
deiscência da valva protética
Nova regurgitação valvar (aumento ou mudança em sopro preexistente)
Critérios menores
Predisposição: cardiopatia predisponente ou uso de drogas injetáveis