difícil, pelo risco de estenose do ramo secundário após abordagem ao ramo principal.
Quase sempre estão associadas a menores taxas de sucesso angiográfico e maiores
taxas de reestenose. A principal técnica aceita para o tratamento dessas lesões
consiste em implante de stent na lesão do ramo principal e angioplastia com balão no
ramo secundário (grau de recomendação IIa, evidência B), técnica conhecida como
kissing balloon ou técnica do stent provisional.
OCLUSÃO CORONARIANA CRÔNICA
Definida como artéria com fluxo TIMI 0 há mais de 3 meses. Em geral, só é indicada
abordagem a tais lesões se houver sinais e sintomas de isquemia miocárdica com
indícios de viabilidade do miocárdio em sofrimento (grau de recomendação IIa,
evidência C). Costumam ser lesões organizadas, fibróticas, ou mesmo calcificadas, de
abordagem muito difícil e com altas taxas de insucesso e complicações.
ENXERTO DE VEIA SAFENA
Apresenta maior risco de IAM pós-procedimento causado por embolia aterosclerótica
durante a ICP. Dispositivos de proteção embólica são recomendados nesse tipo de
abordagem.
DOENÇA MULTIARTERIAL E TRONCO DE CORONÁRIA ESQUERDA
Essas são indicações clássicas à realização de revascularização cirúrgica,
especialmente se presentes em portadores de diabetes melito. Contudo, desde o
advento dos stents farmacológicos e de trials importantes como o SYNTAX (the
synergy between percutaneous coronary intervention and cardiac surgery study), a
intervenção percutânea pôde encontrar algumas indicações restritas dentro desse
espectro de pacientes. Nesse estudo, em uma análise de não inferioridade entre
revascularização cirúrgica e angiopastia com stent eluído em paclitaxel, foi comprovada
a superioridade da cirurgia em relação à angioplastia no acompanhamento por 4 anos.
Entretanto, no subgrupo com escore de SYNTAX (avalia características anatômicas
das lesões conforme complexidade) < 22, não houve diferença entre mortalidade e
incidência de IAM, sendo então a ICP com stent farmacológico uma alternativa viável
(grau de recomendação IIb, evidência B). O mesmo é válido para lesões menos
complexas de tronco de coronária esquerda (lesões de óstio e corpo) em pacientes
com risco cirúrgico elevado (grau de recomendação IIb, evidência B).
STENTS CORONÁRIOS
CONVENCIONAIS
O stent consiste em uma malha metálica expansível feita de aço inoxidável,
cromocobalto, titânio ou outras ligas metálicas, cujo objetivo é ampliar o diâmetro do
vaso obstruído. Com seu advento na cardiologia intervencionista desde 1986, a