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Capítulo 23
HIPERTENSÃO ARTERIAL
Fernando Focaccia Póvoa
INTRODUÇÃO
A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é caracterizada por níveis elevados e
sustentados da pressão arterial (PA), frequentemente com alterações funcionais e/ou
estruturais de órgãos-alvo, além de alterações metabólicas.
EPIDEMIOLOGIA
Doença com alta prevalência e baixas taxas de controle é um dos principais fatores de
risco modificáveis no mundo. Inquéritos populacionais em algumas cidades brasileiras
mostraram que, nos últimos 20 anos, a prevalência de HAS está acima de 30%, sendo
maior em homens (35,8%) e menor em mulheres (30%).
Os fatores de risco relacionados com HAS são:
Idade (relação direta e linear conforme o envelhecimento)
Gênero e etnia (mais prevalente em homens e negros)
Sobrepeso e obesidade
Ingestão abusiva de sódio
Álcool (etilismo pode aumentar PA e mortalidade cardiovascular)
Sedentarismo
Fatores socioeconômicos (no Brasil, HAS é mais prevalente em indivíduos com baixa
escolaridade)
Genética.
CLASSIFICAÇÃO
Seguindo a classificação da Sociedade Europeia de Cardiologia (2013), HAS é definida
como pressão arterial sistólica (PAS) igual a 140 mmHg ou maior e/ou pressão arterial
diastólica (PAD) igual a 90 mmHg ou maior (Tabela 23.1).
CÁLCULO DE RISCO CARDIOVASCULAR
Diversos fatores de risco, além da pressão arterial isolada, influenciam o prognóstico e