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Fatores de risco maior Fatores de risco possíveis
Prevenção secundária
Parada cardíaca (TV ou FV)
Prevenção primária
TVS espontânea
História familiar de MS (< 50 anos)
Síncope inexplicada
Espessura de parede > 30 mm
TV não sustentada
Fibrilação atrial
Obstrução de via de saída
Mutação de alto risco
TV: taquicardia ventricular; TVS: taquicardia ventricular sustentada.
RESTRITIVA
A cardiomiopatia restritiva (CMR) caracteriza-se por redução do enchimento diastólico
e/ou distensibilidade ventricular, fração de ejeção preservada, volumes diastólicos
normais ou diminuídos, espessura ventricular normal ou aumentada e dilatação atrial
(Tabela 26.5).
A CMR pode ser secundária a doenças infiltrativas (hemocromatose, sarcoidose,
amiloidose), de depósito (doença de Gaucher, de Fabry), endomiocardiofibrose,
cardiopatia de Löeffler e idiopática. Os pacientes podem manifestar sintomas e sinais
de congestão pulmonar e sistêmica. Em casos avançados, pode haver uma elevação
acentuada da pressão venosa central, hepatoesplenomegalia, ascite e anasarca.
Atenção ao diagnóstico diferencial com pericardite constritiva.
O tratamento da insuficiência cardíaca em pacientes com CMR carece de respaldo
científico definido. Visa reduzir a congestão pulmonar e sistêmica, o que se alcança por
meio de redução da pressão venosa, controle da frequência cardíaca, aumento do
tempo diastólico, manutenção de contrações atriais, correção de distúrbios da
condução atrioventricular, correção de anemia ou desequilíbrio eletrolítico. O
transplante cardíaco deve ser realizado em pacientes elegíveis com insuficiência
cardíaca refratária e a cirurgia deve ser considerada em casos de
endomiocardiofibrose.
Tabela 26.5 Diferenças entre pericardite constritiva e cardiomiopatia restritiva.
Pericardite constritiva Cardiomiopatia restritiva
Parada súbita do enchimento ventricular Enchimento ventricular diminuído uniformemente durante a diástole