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O diagnóstico é obtido por meio de exames laboratoriais (parasitológico, exame a
fresco, gota espessa, esfregaço corado, creme leucocitário e xenodiagnóstico) e
métodos imunológicos (utilizados na fase crônica da doença por causa da baixa
parasitemia), como hemaglutinação indireta, imunofluorescência, ELISA (enzyme-linked
immunosorbent assay).
A eletrocardiografia (ECG) e a ecocardiografia também são usadas. A ECG
costuma apresentar:
Bradiarritmias (BAV de graus variáveis, bloqueio sinoatrial)
Extrassístoles ventriculares
Arritmias ventriculares complexas (taquicardia ventricular não sustentada, taquicardia
ventricular)
Aumento do intervalo QT
Aumento da duração do intervalo QRS
Bloqueios de ramo (BR): BRD + BDAS (bloqueio de ramo direito + bloqueio divisional
anterossuperior) em mais de 50% dos pacientes
Flutter e fibrilação atrial (tardios).
A ecocardiografia, na fase aguda, em 52% dos pacientes é anormal (42% de
derrame pericárdico, 21% de discinesia apical ou anterior, 6% de dilatação do VE). Na
fase crônica, o resultado comumente é aneurisma de VE e discinesia posteroinferior. O
achado clássico da cardiopatia chagásica crônica é uma dilatação significativa das
quatro câmaras, com hipocinesia difusa e insuficiência das valvas atrioventriculares por
dilatação dos anéis.
OUTROS EXAMES
Ressonância nuclear magnética cardíaca identifica precocemente áreas de fibrose,
correlacionando sua extensão com o estágio e prognóstico de evolução da doença.
Holter investiga síncope (bradiarritmias ou taquiarritmias ventriculares). O estudo
eletrofisiológico objetiva investigar função sinusal e condução atrioventricular, síncope e
morte súbita revertida.
TRATAMENTO
O tratamento específico deve ser utilizado na fase aguda, em caso de reativação da
parasitemia por imunodepressão, em transplantado que recebeu órgão de doador
infectado, em doença congênita ou crônica recente (5 a 12 anos), na fase crônica em
crianças e em caso de contaminação acidental.
MEDICAMENTOS
Benzonidazol