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Capítulo 4
ELETROCARDIOGRAMA EM SÍNDROME CORONARIANA
AGUDA
Daniel Garoni Peternelli
INTRODUÇÃO
O eletrocardiograma (ECG) permanece como teste-chave para o diagnóstico de
síndrome coronariana aguda. Os achados variam consideravelmente, dependendo
sobretudo de quatro fatores:
Duração do processo isquêmico (agudo ou crônico)
Extensão (transmural ou não transmural)
Topografia das paredes miocárdicas envolvidas
Anormalidades de base (bloqueio de ramo esquerdo, síndrome de Wolff-Parkinson-
White ou marca-passo, mascarando padrões clássicos).
Os estágios iniciais do infarto agudo do miocárdio (IAM) podem apresentar pouca
ou nenhuma alteração no ECG. Menos da metade dos pacientes com IAM exibe
alteração diagnóstica clara no primeiro traçado eletrocardiográfico. Dez por cento dos
casos de IAM provados por história clínica e marcadores de necrose miocárdica (MNM)
não mostram elevação ou depressão do segmento ST. Sendo assim, é essencial seriar
eletrocardiogramas.
ONDA T
O sinal mais precoce é a elevação da amplitude da onda T sobre a área afetada. A
onda T se torna proeminente, simétrica e pontiaguda (“hiperaguda”), mais evidente nas
precordiais e mais bem avaliada se comparada com o ECG prévio. Altera-se em 5 a 30
min após início do quadro, seguida de anormalidades no segmento ST (Figura 4.1).
SEGMENTO ST
Altera-se em minutos a horas do evento isquêmico. Inicialmente, o segmento ST
estreita, a onda T alarga e ocorre elevação do segmento, perdendo sua concavidade
habitual, que fica convexa e elevada (Figura 4.1). O grau de elevação do segmento