em cardiopatias não isquêmicas.
Tem excelente precisão na avaliação de viabilidade miocárdica, também pela
técnica de realce tardio (segmentos disfuncionais com realce tardio em < 50% de sua
área apresentam grande probabilidade de recuperação funcional).
Excelente para avaliação de perfusão miocárdica regional (técnica de perfusão de
primeira passagem – déficit de perfusão em território isquêmico traduzido por menor
aumento da intensidade do sinal), além de avaliar disfunção de contratilidade
segmentar, que pode ser induzida pelo estresse com dobutamina. Identifica também
regiões de obstrução microvascular (no-reflow), com pior prognóstico para IAM.
Não deve ser usada para avaliação da anatomia coronariana, das placas
ateroscleróticas e lesões obstrutivas, exceto se houver suspeita de coronária anômala
e para avaliação de patência de enxertos coronarianos em revascularizados. As
contraindicações à ressonância magnética cardíaca estão expressas na Tabela 5.3.
Auxilia na diferenciação dos padrões de fibrose miocárdica em cardiopatias
isquêmicas (fibrose subendocárdica podendo se estender para epicárdica e
respeitando anatomia coronariana) e cardiopatias não isquêmicas, como dilatada
idiopática (fibrose mesocárdica em 30% dos casos), hipertrófica (fibrose em 80% dos
casos), miocardite (realce tardio tipicamente subepicárdico e/ou mesocárdico,
indicando necrose e áreas de edema miocárdico em imagens T2 ponderadas).
Tabela 5.3 Contraindicações à ressonância magnética cardíaca.
Contraindicações Pacientes que podem realizar
Marca-passos ou desfibriladores Com stents coronarianos
Clipes cerebrais Com próteses valvares
Implantes cocleares Com sutura de esterno
Fragmentos metálicos nos olhos Com próteses de aorta
Claustrofobia (relativa)
Método de escolha para avaliação de pacientes com cardiopatia arritmogênica de
VD. Fornece informações diagnósticas e prognósticas em: cardiopatia não compactada,
síndrome de Takotsubo, doença de Chagas, cardiopatias restritivas
(endomiocardiofibrose, sarcoidose, amiloidose e doença de Fabry). Método de escolha
também para avaliação de massas e tumores cardíacos (trombo, mixoma, fibroma,
sarcomas, linfomas, metástases).
BIBLIOGRAFIA