Saúde é Vital - Edição 446 (2019-09)

(Antfer) #1
Existe idade
certa para fazer?

Quais são as técnicas mais usadas?


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Para os machos, o método clássico é a orquiectomia.
As variações dessa técnica dependem do lugar em
que é feita a incisão e das estruturas costuradas. Nos
cães, o corte costuma ser na região anterior ao escroto.
Cada testículo é retirado de sua capinha interna,
como se fosse o conteúdo de uma uva. O cirurgião
remove os testículos e faz a costura em algum dos
tubinhos por onde passam os espermatozoides com
um nó das próprias estruturas ou fio cirúrgico. Nos
gatos, a diferença é que a incisão geralmente é feita
diretamente no escroto. Nas fêmeas, o principal

método é a ovariossalpingo-histerectomia, a OSH.
O procedimento-padrão inclui uma incisão no
abdômen, cortes e costuras nos ovários e a ligadura
das trompas. Outra alternativa menos invasiva é a
técnica do gancho, que faz uma pequena incisão na
pele e outros três cortes acima das artérias laqueadas.
“Esse método, praticado hoje nas clínicas e prefeituras
de todo o Brasil, permite realizar dezenas de cirurgias
em um único dia, tornando o procedimento mais
acessível”, observa Marco Ciampi, presidente da Arca
Brasil, ONG especializada em proteção animal.

A castração em animais
jovens é mais tranquila e
rápida do que nos adultos.
O tamanho e o peso
corporal são menores,
o que facilita o trabalho
dos veterinários. Também
fica mais fácil visualizar
os testículos e os ovários,
diminuindo o sangramento
e o tamanho das incisões.
No caso dos felinos,
pode ser feita depois dos
seis meses, quando eles
já têm um porte físico
mais desenvolvido. O
procedimento também
pode ser realizado em cães
com até 1 ano de vida,
dependendo do porte do
animal. Raças menores,
por exemplo, atingem a
maturidade sexual por volta
dos 8 meses; as maiores,

aos 12 ou 14 meses. Para as
fêmeas, o certo é esperar
o primeiro cio, entre o
oitavo e o décimo mês nas
pequenas e até o 12º mês
nas maiores. Cadelas não
castradas ou castradas
depois do terceiro cio têm
26% de probabilidade
de desenvolver tumores
mamários, que podem virar
câncer. Essa porcentagem
cai para 8% nas que são
castradas logo após o
primeiro cio. Nas gatas,
a ameaça de tumores,
benignos ou não, é de
89% para as que só são
operadas entre o primeiro
e o segundo ano de idade.
Essa probabilidade é
reduzida para 14% nas
castradas antes dos
12 meses.

44 • SAÚDE É VITAL • SETEMBRO 2019

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