Clipping Jornais - Banco Central (2022-05-15)

(Antfer) #1

Centrão retoma pressão no Congresso por subsídio ao diesel


Banco Central do Brasil

Jornal Folha de S. Paulo/Nacional - Mercado
domingo, 15 de maio de 2022
Banco Central - Perfil 1 - Paulo Guedes

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Autor: Danielle Brant e Julia Chaib


BRASÍLIA Líderes do centrão retomaram a pressão por
um subsídio ao diesel para tentar evitar um desgaste
maior da imagem do presidente Jair Bolsonaro (PL) em
meio à escalada de preços no país.


Na segunda-feira (12), a Petrobras anunciou um
reajuste de 8, 87% do diesel, deflagrando uma nova
onda de pressões sobre o governo por medidas.


Dois dias depois, o economista Adolfo Sachsida
substituiu o almirante Bento Albuquerque no comando
do Ministério de Minas e Energia.


A troca não surtiu o efeito de acalmar os ânimos de
caminhoneiros, que, afetados como aumento, seguem
com críticas à política de preços da Petrobras e
ameaçando paralisações.


A necessidade de concessão de um subsídio foi
debatida em uma reunião recente de líderes da Câmara,
e a discussão deve ser aprofundada nas próximas
semanas.


Senão houver uma saída direta via governo, deputados
de partidos do centrão -como PL, PP e Republicanos-,
que apoiam a reeleição de Bolsonaro, defendem a
aprovação de um projeto que garante o benefício a
vários combustíveis, incluindo a gasolina.

De acordo com integrantes do núcleo da campanha de
Bolsonaro, há pressão até mesmo de alas do governo
para que o Ministério da Economia encontre uma
saída que gere impacto na ponta. A opção mais citada
nesse caso é a concessão de subsídios.

O problema é que Paulo Guedes (Economia) e sua
equipe continuam resistindo, sob o argumento de que
não há espaço no teto de gastos para a medida e que o
impacto prático seria mínimo.

Além disso, há um problema ligado à lei eleitoral, que
impede a criação de novos benefícios no ano de
eleições.

Por isso, inicialmente, o fato de Sachsida ser uma
pessoa de confiança de Guedes desagradou a líderes
do centrão, pelo temor de que houvesse uma
resistência à mobilização em favor de subsídios.

A expectativa dos líderes partidários, no entanto, é que,
uma vez num cargo político, Sachsida fique mais
sensível aos argumentos de que é preciso minimizar o
risco de uma crise com caminhoneiros e as
consequências da inflação em meio a disputa pelo
Planalto.

Para o líder de um grande partido do centrão ouvido em
anonimato, é preciso haver mais proatividade nas ações
do governo, em especial por se tratar de interesse do
próprio presidente e por ser um tema que tem forte
impacto eleitoral. Se isso não acontecer, vai ser um
problema, nas palavras de um dos líderes.

Inicialmente, a ideia defendida no Congresso seria
limitar o benefício ao diesel, pela pressão de
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