VOX - #11

(VOX) #1

86 REVISTAVOX.COM | DEZEMBRO 2018


calidades inimagináveis, contribuin-
do para o fortalecimento dos peque-
nos negócios. A iniciativa ação está
em fase de implantação e, muito em
breve, estará disponível para contatos
virtuais”, anuncia a professora Izabel.

MIX DE PRODUTOS
Além dos tradicionais panos
de prato em diferentes técnicas,
móveis elaborados em formas
orgânicas, peças de metal criadas
com técnicas de serralheria, laços e
laçarotes, arte em bonecas e tantas
outras manifestações artísticas, os
expositores capricham nos alimen-
tos processados. Cafés torrados e
moídos valorizando a produção
regional; geleias, doces e compotas
com frutas e ingredientes locais; en-
tre outras manifestações culinárias vêm constituindo o
mix de produtos.
Nos alimentos, um dos destaques é para as chichar-
ritas da Ana Paula Fabiane, de Osvaldo Cruz. Com
técnica repassada pelo cubano Rafael Saroza, ela trans-
forma bananas verdes em deliciosos petiscos salgados
do tipo batata chips, uma novidade por aqui.
A cozinheira e professora trabalha com alimentos
artesanais. Ela produz a tradicional geleia de maça
com pimenta e as famosas bananas chips ou chichar-
ritas. O termo vem da expressão usada em Cuba. Em
homenagem ao amigo cubano que ensinou como fazer
esse produto, as bananas verdes fritas passaram a se
chamar chicharritas.
O principal ingrediente é a banana verde orgânica,
tanto a banana prata ou a nanica. Apesar de ser uma
fruta doce, no caso da chips, o salgado prevalece. “Não
têm conservante, só o sal. O tempo de consumo dela é
de 45 dias”, explica.
A média de produção varia. Em época de feira, a
produtora faz de 4 a 5 caixas de bananas de 25 kg. Ela
conta que todo público é apreciador da banana chips.
Segundo Ana Paula, seu petisco gera emprego para
vários membros da família e traz bom retorno financei-
ro. Ela tem sido convidada para eventos de várias natu-
rezas, em diversas cidades. Já formalizada como MEI
(microempresa individual), vem recebendo propostas
para expansões mais arrojadas.
“Para quem viu o projeto PRENAP nascer, é uma
grande satisfação fazer parte do grupo e acompanhar
cada passo de sua evolução. Faço parte do projeto
desde o começo e é maravilhoso. Participo das feiras, e
cada feira tem um sentido diferente. Conhecemos no-
vas pessoas e a expectativa de colocar esse produto no
mercado é muito grande. Por isso, temos que valorizá-
-lo, dessa forma, estamos valorizando as pessoas de
cada cidade”, afirma Ana Paula.

“A produção é toda


artesanal, o trabalho é feito


com madeira (tronco


e raízes) de árvores


que caíram por ação


do tempo, ou foram


descartadas. Não pratico


derrubada de árvores. ”


Fabiano Burgos Balbino


FORMAS ORGÂNICAS QUE GANHAM


VIDA NA MARCENARIA


No catálogo virtual do PRENAP, o consumidor
encontra uma breve descrição do trabalho desenvolvido
pelo designer Fabiano Burgos Balbino, de Adamantina.
“Troncos, galhos, raízes, cascas...a natureza morta ganha
vida com a criatividade e as ferramentas de Fabiano.
Tendo a sustentabilidade como lema, ele visualiza uma
cadeira, um banco, uma mesa, um aparador ou qualquer
outra peça funcional em descartes de madeira, numa
árvore caída ou num galho quebrado. Sua marcenaria é
pura criatividade”.
“Sou um apaixonado pela natureza e seus detalhes, e
na minha formação acadêmica sempre foquei na susten-
tabilidade e no uso racional dos recursos naturais. Assim
vendo a quantidade de madeira descartada na cidade,
pesquisei e achei um segmento do design de mobiliário
que caberia no que desejava fazer, chamado e conhecido
fora do Brasil “Live Edge”, ou móveis de troncos e raízes,
móveis orgânicos, onde todas peças são únicas e exclusi-
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