“Os exercícios são enviados por WhatsApp e,
periodicamente, eu me desloco até as cidades com
maior número de participantes. O grupo estuda, no
momento, repertório de estudo para coral, mas a
proposta é fazer repertório de música brasileira”, explica
o professor. ” Clodoaldo Carvalho de Jesus
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catalogação.
O coral conta com o apoio das prefeituras que colabo-
ram no deslocamento dos músicos, que têm a oportunida-
de de mostrar e divulgar a sua arte, ao mesmo tempo que
animam as feiras e, logicamente, as vendas.
GELEIA DE FRUTAS FRESCAS
O consumidor tem buscado produtos que remetem
às boas lembranças e a geleia artesanal é um dos prefe-
ridos. Utilizando técnicas artesanais, a produtora rural
Sandra dos Santos, de Parapuã, produz geleias que estão
dando fama ao seu negócio As frutas frescas são pro-
duzidas e colhidas na chácara da família e são usados
apenas ingredientes naturais. Sandra produz geleias há
cerca de 7 anos. E de onde vem o toque especial das ge-
leias? Das frutas frescas usadas como ingredientes, dos
conservantes naturais, do preparo, das receitas e dos cui-
dados que envolvem a produção e a distribuição. “A fruta
fresca é colhida na minha chácara mesmo e usamos só
produto natural, até mesmo para dar a consistência, o
brilho e a forma bonita para a geleia”, conta.
Segundo a produtora as geleias fazem muito suces-
so, principalmente as geleias de pimenta e banana com
maracujá e canela, duas invenções da própria Sandra.
“Vendo todas as geleias muito bem. Vendo a geleia de
frutas vermelhas, morango, goiaba, abacaxi com horte-
lã, ameixa com tamarindo, entre outras. Praticamente
quase toda fruta faço geleia”, acrescenta.
Para ela, o segredo de tanto sucesso é a dedicação na
produção, além da matéria prima utilizada. “O segredo
da geleia para vender bem, ter boa aceitação e boa quali-
dade são os produtos naturais”.
A produção mensal de Sandra é de 400 a 500 potes
de geleias comercializados para seus clientes em expo-
sições, comércio, além de reuniões particulares onde
Sandra oferece também a degustação. Mas esse número
pode variar, já que a produtora faz parte do projeto PRE-
NAP e participa com frequência das feiras e eventos. “O
projeto tem dado visibilidade aos meus produtos e, com
isso, a procura só aumenta”.
De modo geral, a crescente valorização dos produtos
artesanais e tradicionais
gera oportunidades de
elevar a renda do produtor
rural e ofertar mais quali-
dade para o consumidor,
que aproveita a enorme
variedade oferecida na
Alta Paulista.
O PRENAP não para
por aí. Muitas ações
ainda estão em desenvol-
vimento, outras em fase
experimental e outras
em fase de concepção ou de planejamento. Trata-se de
um movimento promissor, que tem nas pessoas a sua
centralidade. Por meio de ações descentralizadas e em
rede, a atuação dos interlocutores locais ganha corpo e as
potencialidades são incontáveis. Expositores em busca
de novas oportunidades atendem e criam novas deman-
das. “O apoio do poder público municipal, nessa fase
inicial, proporciona as condições básicas necessárias e o
apoio das diversas instituições imprime credibilidade ao
projeto. Trata-se, portanto,
de um esforço construído
a muitas mãos, mentes
e corações, que tem no
fortalecimento da identi-
dade regional a base para
proporcionar oportunida-
des de geração de trabalho
e renda de modo criativo
e articulado”, concluiu a
professora Izabel, coorde-
nadora regional do projeto.
Para adquirir os produ-
tos, o consumidor encontra
diversos meios: com os
próprios produtores, por
meio do Catálogo Virtual
no site ou nas feiras e expo-
sições da região.