VOX - #3

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geral estão em alta. “Mesmo
quem nunca faria, acaba se ren-
dendo e fazendo uma letra ou
até tatuando o nome dos filhos.
Recentemente recebi uma se-
nhora que, aos 73 anos, fez sua
primeira tatuagem. Acho demais.
Não existe mais regra”, destaca.
O vendedor pacaembuense
João Marcos Tino é exemplo
de quem sempre gostou de ta-
tuagens, mas resistiu até que
tivesse sua carreira definida para
então poder fazer tudo o que
desejava.
Ele fez sua primeira tatuagem
aos 17 anos e esperou outros 27
anos para fazer a próxima. Nos
últimos dois anos já foram cinco
novas e o objetivo é não parar por

aí. Ele quer tatuar o corpo todo da
cintura para cima, até o pescoço.
“Sempre gostei mas não
podia fazer por causa do pre-
conceito e medo no trabalho.
Fiz apenas uma pequena, de
aproximadamente oito centí-
metros, nas costas, que ficava
bem escondida quando estava
de camisa. Antes não havia
tantas opções de cores e elas
eram parecidas com aquelas de
‘cadeia’. Sofri críticas de gente
da família. Hoje, que tenho bem
definida minha profissão, família
e maturidade, resolvi fazer to-
das aquelas que sempre quis”,
conta.
Segundo ele, aos 44 anos,
ainda há quem critica o fato dele

fazer tatuagens, mas as críticas
não o fazem mudar. “Antes ten-
tava manter a única tatuagem
que tinha escondida, hoje quero
que comentem. Já fiz inclusive
o nome dos meus dois filhos e
não vou parar. A gente sofre na
hora de fazer, por causa da dor,
mas depois volta para outras”,
destaca.
O vendedor, apaixonado por
motos, conta que o desejo de
ter o corpo tatuado vem de en-
contro com o estilo motoqueiro.
“Todo motoqueiro tem uma ta-
tuagem de caveira, que simboli-
za o fato de não existir distinção
de raça ou cor. E eu também
tenho a minha. Espero em breve
fazer outras”, finaliza.

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