Osvaldo diz que quando as-
sumiu a presidência da Camda,
seu principal desafio era ade-
quar gastos e receitas. Na época
eram movimentados cerca de
R$ 12 milhões e em 2012 o giro
chega a R$ 450 milhões.
Outro ponto destacado por
ele é a valorização do funcio-
nário como chave para o cres-
cimento. “Na época o senhor
Chico Ikeda, de Junqueirópo-
lis, falava que precisávamos
valorizar os funcionários. Se
conseguíssemos motivá-los a
trabalhar mais do que o vizinho,
íamos ganhar dinheiro”.
Ele afirma que, vendo a rela-
ção das 400 melhores empresas
para trabalhar, percebeu que as
dez que mais cresciam e mais
lucravam estavam lá. “Não
podemos confundir ‘ser uma
boa empresa’ com bondade. A
empresa boa para trabalhar não
é aquela em que você ‘coça o
saco’, ganha para não trabalhar.
É preciso motivar sempre os fun-
cionários. Para isso, precisamos
fazer com que eles sejam reco-
nhecidos. Quando o funcionário
conhece bem a empresa e vê
condições de crescimento, tra-
balha motivado, pois vê futuro”.
O maior desafio nos dias
atuais, segundo o presidente da
cooperativa, é resolver o ‘garga-
lo’ que é a formação de novos
gerentes. “Não há profissionais
com as características que de-
sejamos. Por isso trabalhamos
inclusive nessa formação”, diz.
Sobre o sucesso da coopera-
tiva que atualmente conta com
30 filiais em quatro estados, ele
diz: “O mercado é competitivo e
você tem que estar bem prepa-
rado. Se parar, com certeza vai
ser superado, porque a briga não
pára nunca. Nos últimos anos o
mercado agrícola tem estado
valorizado, o que inclusive gera
dificuldade em manter bons
profissionais, mas posso dizer
que parte do sucesso da Camda
é, sem dúvida, a estabilidade
econômica. O Brasil saiu de uma
situação precária e crescemos
juntos. Estávamos prontos na
hora certa”, finaliza.
Osvaldo Matsuda no comando de uma das maiores empresas do país
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