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sil, que atendem mais de 1.100
crianças de ambos os sexos.
E a história se repete em
1999, quando o pastor Batista
Hermano Guimarães assumiu
a direção do Lar. Casado com
Rozeli Aparecida Costa Guima-
rães, o casal que também não
podia ter filhos e adotou duas
meninas.
E essa trajetória semelhan-
te a do fundador fez com que
o pastor, que era apaixonado
por crianças e reconhecia a
importância do trabalho vo-
luntário, conhecesse e amasse
o Lar Batista. “Minha história
aqui teve início com um tra-
balho voluntário, o qual fazia
no abrigo todas as terças-
-feiras. Eu ajudava o pastor
com as crianças, fazia visitas
aos pequenos e orientava
os maiores, quando surgiu a
necessidade de um novo di-
retor para o local. Como eu e
minha esposa já admirávamos
o trabalho realizado pelo Lar
Batista, aceitamos o convite”,
recorda-se.
Hoje, Guimarães e Rozeli
são como pais de 27 crianças,
com idade entre sete meses e
17 anos. “Esse é um trabalho
de amor. É assim que posso
definir o Lar Batista”, afirma
Guimarães.
E desde então, a dedica-
ção, disposição e carinho
passaram a fazer ainda mais
parte da vida do casal. “Somos
uma família. Conversamos,
passeamos, nos divertimos,
aprendemos uns com os ou-
tros e nos amamos”, completa
Guimarães.
O pastor de Inúbia explica
que abrigos do Lar Batista são
os lares de muitas crianças
que não têm família ou que,
por algum motivo, não po-
dem ficar com a guarda dos
pequenos. No Lar Batista de
Crianças elas recebem amor,

amília não é
constituída ape-
nas por pais e
filhos. Pais não
são apenas os
que geram uma
criança ou a co-
locam no mundo. Aqueles que
ensinam, educam, transmitem
valores e estão presentes no
dia a dia ocupam lugares muito
mais importantes e fundamen-
tais na vida de uma pessoa.
E todos esses conceitos po-
dem ser comprovados ao longo
da história do Lar Batista de
Crianças, um abrigo em Inúbia
Paulista que atende meninos e
meninas com idade até 18 anos
em situação de risco.
O local foi construído graças
ao amor e solidariedade de um
casal na década de 60. O mé-
dico baiano Antoninio Barbosa
Reis e esposa Hilga constru-
íram na cidade um orfanato
para abrigar crianças carentes,
na época nomeado ‘Chácara do
Orfanato’.
O casal, que não tinha filhos,
construiu no centro de Inúbia
Paulista um lugar aconchegan-
te, com espaço para dormitó-
rios, refeitório, parquinho, cam-
po de futebol, horta, criações
e muito mais, tudo para que
as crianças se sentissem em
casa. E o que era apenas para
poucas crianças se tornou algo
mais abrangente, chegando, na
época, a atender 17 crianças.
Esses meninos hoje são advo-
gados, médicos e engenheiros,
que fazem sucesso na região.
Já com idade avançada e
sem condições de continuar o
projeto, o médico e a esposa
doaram toda a estrutura, jun-
to responsabilidade e o amor
pelo trabalho, ao Lar Batista
de Crianças, que desde 1941
já existia na capital, mas não
no interior. Atualmente são 10
unidades do Lar em todo o Bra-


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