Clipping Jornais - Banco Central (2022-05-24)

(Antfer) #1
Banco Central do Brasil

Revista Meio & Mensagem (2)/Nacional - Comunicação
segunda-feira, 23 de maio de 2022
Banco Central - Perfil 1 - Ipea

são considerados funcionários acima de 25 anos, que
possuem curso superior completo e atuam no mercado
de trabalho privado.


Para Rehavia, CEO e fundadora da 01-lo, essas
demissões em massa por vontade própria que vêm
acontecendo nos Estados Unidos e Brasil espelha o fato
das pessoas terem agora a possibilidade de colaborar
com empresas de forma diferente, mais flexível,
autônoma e com mais liberdade geográfica. “E as
pessoas estão curtindo. Quando lemos os dados, as
pesquisas, inclusive de empresas que estão voltando ao
modelo híbrido ou até ao modelo totalmente de volta ao
escritório, percebemos que os talentos estão tendo
restrição à isso”, reforça.


Mais qualidade de vida, flexibilidade e alinhamento de
valores são alguns dos motivos pelos quais as pessoas
estão saindo de seus empregos, de acordo com Nohoa
Arcanjo, founder e growth leader da Creators.Ilc. “Hoje
em dia, as companhias têm obrigações, têm de prestar
contas não só com os consumidores, clientes,
colaboradores sobre quais são as pautas que elas
levantam, qual é o give back que está sendo entregue
para a sociedade por essa companhia. Principalmente
se formos adentrar esse tema falando ainda de geração
Z, esse compromisso fica ainda mais forte”.


PROFISSIONAIS INDEPENDENTES Esse movimento
de demissões em massa está fortalecendo a open talent
economy, regida por profissionais independentes e
freelancers. Um levantamento da Bare International -
empresa especializada em experiência do cliente,
avaliações de padrão de marca, auditorias e inspeções -
, mostra que mais da metade (60%) dos trabalhadores
formais fazem “bicos”, trabalhos informais, ou atuam
como freelancers para complementar a renda.


O número de trabalhadores autônomos bateu recorde
no Brasil em junho, julho e agosto de 2021, de acordo
com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de


Domicílios Contínua, divulgada pelo IBGE. Durante o
período, o número de trabalhadores por conta própria
somou 25,4 milhões, uma alta de 18,1% na comparação
anual. Foi de olho nessa nova economia que surgiu a
plataforma Ollo, startup que conecta empresas a
talentos independentes da publicidade, do design e da
comunicação. “A Ollo foi lançada a partir de uma série
de observações que fizemos do que entendíamos que
poderia ser o futuro do trabalho, quais eram as
possibilidades futuras de colaboração”, comenta a CEO
e fundadora, Karina Rehavia. A executiva ainda explica
que ter criado a plataforma durante a pandemia de certa
forma foi interessante, porque a mesma fortaleceu a
prática do home office, um dos fatores da open talent
economy.

Atualmente, a Ollo conta com 80 clientes globais, como
Cermag, Ambev, Kimberly Clark, Fast Shop, Warner,
Unilever, e taxa de recompra é de 75%. José Luis Gon-
zales, CEO da Cermag, analisa que o impacto que os
talentos vindos da Ollo na empresa é imenso. “São
profissionais que estão atualizados com as últimas
novidades no segmento de marketing e que também
colaboram em outras áreas da empresa, sempre
buscando a melhoria nos processos e no resultado
final”.

Neste mês, a BPool, plataforma de curadoria,
contratação e gestão de serviços de marketing, adquiriu
as operações da Ollo. Segundo Karina, a união com a
BPool vai possibilitar a expansão da plataforma, que já
nasceu no Brasil e Estados Unidos, para Colômbia,
Argentina e México. Outra plataforma que se baseia
nessa nova economia de profissionais independentes é
a Crowd, que foi fundada por Gabriel Matias e Juan
Zaragoza, em 2013. “O grande propósito da Crowd é
fazer essa conexão entre essas empresas que precisam
de profissionais talentosos e profissionais que possam
viver em qualquer lugar”, enfatiza Matias, ressaltando
que a pandemia impulsionou os negócios da
companhia. Entre os clientes da empresa estão Camil,
Mitsubishi, Centauro e C6 Bank.
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