Moro vira réu em ação do PT que pede condenação por prejuizos à
economia
Banco Central do Brasil
Jornal Folha de S. Paulo/Nacional - Política
quarta-feira, 25 de maio de 2022
Cenário Político-Econômico - Destaques Jornais
Nacionais
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Autor: Mônica Bergamo
O ex-juiz Sérgio Moro virou réu em uma ação popular
em que deputados federais do PT pedem que ele seja
condenado a ressarcir os cofres públicos por alegados
prejuízos causados à Petrobras e à economia brasileira
por sua atuação à frente da Operação Lava Jato.
A ação judicial foi apresentada no dia 27 e enviada à 2a
Vara Federal Cível de Brasília. Os petistas não
estipularam o valor da indenização a ser pago em caso
de condenação.
Na segunda (23), o juiz federal Charles Renaud Frazão
de Morais recebeu a inicial, o que significa que dará
curso à ação. E determinou: 'Cite-se o réu'. O Ministério
Público Federal será intimado para ter 'ciência da
demanda'.
Na ação, assinada pelos advogados Marco Aurélio de
Carvalho, Fabiano Silva dos Santos e Marco Antônio
Riechel Mann Jr., do grupo Prerrogativas, os
parlamentares afirmam que 'o ex-juiz Sérgio Moro
manipulou a maior empresa brasileira, a Petrobras,
como mero instrumento útil ao acobertamento dos seus
interesses pessoais'.
'O distúrbio na Petrobras afetou toda a cadeia produtiva
e mercantil brasileira, principalmente o setor de óleo e
gas', argumenta o documento.
A ação foi resultado da iniciativa dos deputados petistas
Rui Falcão (SP), Erika Ko-kay (DF), Natália Bonavides
(RN), José Guimarães (CE) e Paulo Pimenta (RS).
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou
esperar que Moro tenha o direito de defesa que ele não
teve e condenado à prisão.
'Só espero que ele tenha o direito de defesa e a
presunção de inocência que eu não tive com ele', disse
o petis-ta sobre as ações em que foi condenado e preso
pela Operação Lava Jato.
'O que eu quero que aconteça com o Moro e com
qualquer outra pessoa neste país é que eles tenham um
julgamento decente, digno e respeitoso. Que eles
tenham direito à presunção da inocência e que possam
provar as coisas que fizeram e que não fizeram', seguiu
o ex-presidente.
'Eu, pessoalmente, acho que o Moro cometeu um crime
contra esse país. Os prejuízos que esse país teve com
o Carnaval que o Moro protocolou neste país é muito
grande', afirmou Lula.
O advogado Marco Aurélio de Carvalho sustenta que
não há revanchismo e que 'corrupção praticou Moro, ao
violar regras do direito'.
"Nós, do Prerrogativas, defendemos que a ele sejam
assegurados a presunção de inocência, o devido
processo legal e o pleno exercício de defesa, princípios