Clipping Jornais - Banco Central (2022-05-26)

Banco Central do Brasil

Jornal O Globo/Nacional - Rio

quinta-feira, 26 de maio de 2022

Banco Central - Perfil 1 - Paulo Guedes

JACAREÍ. SP

Se já estava ruim...

Novamente as classes mais desfavorecidas irão pagar a
conta com essa redução de ICMS sobre combustíveis,
energia elétrica e telecomunicações. Com a perda de
arrecadação, os estados e municípios terão menos
recursos para investimento em saúde, educação e
transportes, serviços esses muito utilizados pelas
classes mais pobres. Isso deveria ser considerado
'crime eleitoral', tendo como réus Arthur Lira, Paulo
Guedes e Jair Bolsonaro, cujos olhares estão fixos no
projeto de reeleição do presidente, independentemente
das consequências futuras.

ANTONIO JORGE A. DE MOURA

RIO

Escudo antipunições

Imunidade não rima com impunidade. Ou pelo menos
não deveria. Aqueles que fazem dos seus cargos
públicos, seja de vereador, seja de presidente, um
escudo contra a punição pelos malfeitos e ditos
praticados deveriam ser cassados. A população não
tolera mais esses abusos. Está na hora de termos
legisladores que mudem essas leis que os favorecem e
todas aquelas que não se mostraram eficazes nos
últimos tempos. Precisamos de políticos com mente
aberta e com um mínimo de instrução para que não
gastem tempo e dinheiro público com discursos
homofóbicos, racistas, machistas... Precisamos mudar
o quadro atual dos nossos representantes, que na
verdade não representam a maioria do povo. Que só
nós trazem vergonha. O que esperar dos debates dos
futuros candidatos às eleições?! Temos que prestar
atenção em quem votar. As leis têm que tornar o país
mais igualitário. Crescimento econômico, sim, mas
respeitando a natureza, os povos indígenas e nós
eleitores. Respeito é bom e gostamos. Que respeitem a
nossa inteligência.

SUELY NIEMEYER L. DE BARROS

RIO

Deserto existencial

Sou leitor de Martha Batalha e entendo o que ela sente

lendo a revista Realidade, anos 1960: uma espécie de

vácuo, uma saudade melancólica que eventualmente se

traveste de revolta ('Professorinhas, trambiqueiros e

freis comunistas', 25 de maio). Aqui em minha cidade,

não há mais pardais nem rolinhas nem bem-te-vis nem

sanhaços nas árvores de Icaraí, Ingá, Santa Rosa. A

paisagem é próxima de um 'deserto existencial',

submetida a anos e anos de atrocidades imobiliárias e

sociais. Coincidentemente estou terminando de ler 'Rato

de redação, Sig e a história do Pasquim', de Marcio

Pinheiro, que conta desde o maravilhoso escracho

carioca do começo do jornal, uma síntese do humor do

Rio, até ir ficando sério, empolado, depois amargo,

azedo, decadente até fechar. Martha escreve: 'Não sei

se éramos melhores - havia nos anos 1960 mais

analfabetismo, desnutrição, mortalidade infantil. Mas

éramos mais simples. Parecia mais fácil consertar".

Penso que éramos melhores, que éramos mais simples.

Quanto ao conserto do Brasil, deixo nos braços das

reticências...

ANTONIO FARIAS

NITERÓI, RJ

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Paulo Guedes