Clipping Jornais - Banco Central (2022-05-29)

(Antfer) #1
Número de fundos criados por empresas para investir em startups
dispara no Brasil

Banco Central do Brasil

Jornal O Estado de S. Paulo/Nacional - Economia
Sunday, May 29, 2022
Banco Central - Perfil 1 - Produto Interno Bruto

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Autor: ANDRÉ JANKAVSKI


Diante da piora do cenário econômico, que deixa em
posição mais frágil as empresas que ainda não dão
lucro, o movimento de aquisições de startups deve
esquentar no segundo semestre. Esse panorama tende
a reforçar a participação dos fundos criados por grandes
empresas - os chamados CVCs (Corporate Venture
Capital) - para investimentos nessas companhias
'nascentes'.


Segundo levantamento da consultoria Bain & Company,
o número de fundos do gênero de empresas brasileiras
teve um salto de nove, em 2015, para 73 em 2021. Para
este ano, segundo Andre Fernandes, sócio da Bain e
gerente global para o braço de inovação da consultoria
Brain Innovation Exchange, o total de CVCs no País
deve ultrapassar a marca de cem.


Segundo Fernandes, os números seguirão crescendo à
medida que a situação da economia se deteriorar, o que
é previsto para os próximos meses.


A previsão se sustenta também na comparação dos
investimentos das grandes companhias por meio de
CVCs em relação ao Produto Interno Bruto (PIB).
'Essa relação nos Estados Unidos é de 0, 45%, três
vezes maior do que no Brasil (0, 14%). Mesmo os
americanos sendo referência, a proporção do Brasil
mostra que ainda há muito espaço para esse
investimento', diz o executivo.

Entre as empresas que decidiram abrir seu próprio
'CVC' está a Locaweb, de serviços digitais. Em
dezembro de 2021, a companhia direcionou R$ 100
milhões para esse fim, mas só usou 10% do total.

Segundo o presidente da Locaweb, Fernando Cirne, o
objetivo do fundo é investir em negócios que tenham o
potencial de se tornar eventuais subsidiárias da
companhia.

Outra empresa de tecnologia que separou dinheiro para
comprar startups foi a Stefanini, pela Stefanini Ventures.
Com a política de comprar participações - mas sem
interferir no dia a dia da operação -, a Stefanini tenta
deixar as startupslivres para a criação de tecnologias
disruptivas, afirma o fundador e presidente Marco
Stefanini. Desde 2020, a empresa investiu mais de R$
500 milhões em aquisições.

Diante do potencial do mercado, o fundador da Stefanini
está criando um novo fundo, que ele pretende manter
independente. A ideia é atender à crescente demanda
de startups que não necessariamente têm ligação direta
com os negócios da Stefanini. 'Nosso sucesso com a
Stefanini Ventures nos estimulou a investir em formatos
diferentes. A indústria de venture capital no Brasil tem
espaço para crescer, e estamos bem otimistas com o
novo projeto', diz Stefanini, que busca sócios para o
CVC.

CAMPEÃS. Segundo levantamento realizado pela
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