Clipping Jornais - Banco Central (2022-05-29)

(Antfer) #1

País tem mais influenciadores que dentistas


Banco Central do Brasil

Jornal Folha de S. Paulo/Nacional - Mercado
Sunday, May 29, 2022
Banco Central - Perfil 1 - Caderneta de poupança

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Autor: Daniele Madureira


SÃO PAULO Gente desenvolta em frente às câmeras,
na maioria das vezes carismática, que tem pelo menos
10 mil seguidores nas redes sociais. Eles são os
influenciadores, que já somam mais de 500 mil só no
Brasil, segundo a multinacional de pesquisas Nielsen.


Apesar não ser uma profissão regulamentada, o
contingente de influenciadores já supera o de dentistas
formados no país: 374 mil, segundo o CFO (Conselho
Federal de Odontologia). Também são mais que o
dobro do número de arquitetos ámz mil), ultrapassam o
total de engenheiros civis (455 mil) e empatam com o de
médicos (502 mil).


Por trás dos influenciadores, existe um mercado de
agências que desenvolvem esses profissionais e
associam sua imagem a marcas de produtos e serviços.


O valor das campanhas nas redes sociais -
especialmente no Instagram, mas também no YouTube
e no TikTok- varia infinitamente de acordo como número
de seguidores, o nível de engajamento do público e até


a região onde mora o influenciador. Mas, segundo
agências e profissionais, vai de R$1. 000a R$ 600 mil. A
média por campanha de um influencer já reconhecido é
de R$18 mil. A agência fica com cerca de 20% desse
valor.

Longe do glamour de quem já acumula milhões de
seguidores após ter conquistado fama na TV, como
atores e atrizes globais, apresentadores ou ex-
participantes de realities como o BBB, a imensa maioria
é feita de gente comum falando para gente comum,
sobre assuntos específicos ou contando sua rotina.

O sucesso está nisto: criar empatia em questão de
segundos, a ponto de fazer você acreditar que está
batendo papo com uma amiga de infância, um colega
de trabalho ou primo querido. É alguém que entra,
literalmente, na sua rede de relacionamentos, mas de
forma virtual. Daí fica fácil associar sua imagem à marca
de um produto ou serviço que faça sentido dentro da
realidade do influenciador.

'O público quer ver pessoas reais nas redes sociais, que
enfrentam problemas, dªemas, perrengues, assim como
cada um de nós', diz Ana Beatriz, gerente de marketing
de influência na Méliuz, fintech especializada em
cupons de desconto e cashbacks.

A empresa criou um setor dentro do seu departamento
demarketing apenas para cuidar da relação com
influenciadores. 'Já fizemos campanha para a Méliuz
usando 300 influenciadores de uma só vez, no mesmo
dia, no mesmo horário, para mexer com o algoritmo do
Instagram', diz Mariana Hargreaves, principal executiva
de marketing da M4S (Media For Stars), agência de
marketing de influência.

Segundo pesquisa do CENP (Conselho Executivo das
Normas-Padrão), que reúne anunciantes, agências de
propaganda e veículos de comunicação, as redes
sociais receberam R$1, 43bilhão em investimento
publicitário em 2021.
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