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D
e tempos em tem-
pos, uma novida-
de tecnológica
aparece com o
rótulo de que
vai transformar o
mercado, acabar
com profissões
e mudar a for-
ma de trabalho.
Foi assim com a
Revolução Indus-
trial e a invenção da máquina a vapor,
com a eletricidade, com o computador,
com a internet e, mais recentemente,
com o smartphone. Agora, entram na
lista blockchain, internet das coisas e,
claro, a impressão 3D. Essa última, em
análises mais futuristas, revoluciona-
ria não só a indústria mas diversos ou-
tros setores da economia — da saúde
à moda. Segundo o relatório O Futuro
do Trabalho 2018, do Fórum Eco-
nômico Mundial, 49% das empresas
brasileiras, de áreas diferentes, pre-
tendem investir nas três dimensões
até 2022 e, de acordo com um estudo
do banco americano Goldman Sachs,
essa é uma das oito tecnologias que
vão mudar os negócios.
Desde quando surgiu uma das
primeiras patentes de impressoras
3D, ainda na década de 80, o méto-
do melhorou muito. A máquina era
cara, lenta (demorava mais de um
dia para imprimir um objeto de 10
centímetros, o que hoje pode ser fei-
to em menos de uma hora) e estava
limitada ao polímero. Foi por meio
do investimento de universidades
e de grandes empresas, como HP e
GE, que o processo se tornou mais
rápido e barato — além de ganhar
“cargas” que vão de insumos indus-
triais a órgãos humanos.
A versatilidade desse dispositivo
é tão atraente que os interessados
pela tecnologia crescem. De acordo
com um estudo da consultoria Wohler
Associates, o número de fabricantes
dessas máquinas aumentou de 97,
FOTO: GERMANO LÜDERS VOCÊ S/A wJANEIRO DE 2019 w 41
Thiago Galassi,
coordenador do
Bricolab da Leroy
Merlin: sete
impressoras 3D à
disposição do público