JUNHO DE
1944
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DESEMBARQUE
NA NORMANDIA
Leia tudo sobre este dia que mudou a
História no site http://www.aventurasnahis-
toria.com.br e saiba mais na seção His-
tória Ilustrada, página 30 desta edição.
JUNHO DE
1494
7
TRATADO DE
TORDESILHAS
É conhecido como Tratado de Torde-
silhas o compromisso firmado em
Tordesilhas, na Espanha, no dia 7 de
junho de 1494, entre Isabel e Fernan-
do, reis de Castela e Aragão, e João II,
rei de Portugal. Ele estabelecia uma
repartição das zonas de conquista e a
anexação do Novo Mundo por meio
de uma linha divisória no Oceano
Atlântico e nos territórios adjacentes
a ele. Sua assinatura foi necessária
para cessar a rivalidade entre Portu-
gal e Espanha pela competição no
descobrimento e na ocupação dos no-
vos territórios ultramarinos. Em
JUNHO DE
1981
5
DESCOBERTA
DO HIV
O HIV, ou vírus da imunodefici-
ência humana, é um micro-orga-
nismo que ataca o sistema imuno-
lógico humano, debilitando-o e
tornando-o vulnerável a uma sé-
rie de infecções, algumas delas
mortais. O vírus do HIV/aids pa-
rasita os linfócitos do corpo hu-
mano, destruindo-os ou impedin-
do-os de realizar sua função cor-
retamente. Com o tempo, a ação
do vírus sobre o sistema imunoló-
gico diminui sua eficácia, e come-
ça a se manifestar uma série de
sintomas de uma doença denomi-
nada “síndrome da imunodefici-
ência adquirida (aids)”.
A infecção pelo HIV está clas-
sificada em três categorias, depen-
dendo do grau de avanço dos sin-
tomas. Categoria A: afetados pela
fase primária da doença; categoria
B: apresentam ou apresentaram
sintomas relacionados com a in-
fecção do HIV diferentes da cate-
goria C, com sintomas como febre
inferior a 38,5 ºC, diarreia – de
mais de um mês de duração – e
grupo de pessoas contagiadas que
haviam tido parceiros em comum,
estabelecendo padrões que prova-
vam isso. A doença foi batizada
então como “síndrome da imuno-
deficiência adquirida” (“aids”, da
sigla em inglês).
Nesse mesmo ano, após isolar
o HIV e realizar estudos posterio-
res, dois cientistas franceses con-
seguiram desenvolver um anticor-
po que identificava os infectados
entre os grupos de risco. Em 2008,
eles receberiam o Prêmio Nobel
da Medicina. Na segunda metade
dos anos 1980, produziu-se o iso-
lamento social dos infectados, in-
clusive por parte de familiares e
amigos, fundamentalmente por
medo de contrair o vírus e como
fruto do desconhecimento das for-
mas de contágio, o que criou um
grande alarme social. Por concen-
trar a atenção na comunidade ho-
mossexual, a aids se propagou
sem controle entre heterossexuais,
sobretudo na África, na Ásia e na
Europa Oriental. Atualmente, os
tratamentos antirretrovirais con-
tribuem para considerá-la uma
doença crônica, embora seu eleva-
do custo exclua grande parte da
população.
herpes-zóster – mais de um episódio,
ou um episódio com infecção de mais
de um dermatoma –; e categoria C:
com quadro de infecções bacterianas
- tuberculose – ou virais – herpes,
bronquite, esofagite etc. –, processos
crônicos, como bronquite ou pneumo-
nia, processos associados ao HIV ou
processos tumorais, como sarcoma de
Kaposi, linfoma de Burkitt ou linfoma
não Hodgkin. Superada a primeira
fase de infecção, o organismo sofre
uma redução drástica de linfócitos,
que faz as defesas se debilitarem, de-
senvolvendo-se infecções bacterianas,
virais e de outros tipos, com o HIV
destruindo os micro-organismos res-
ponsáveis por proteger o organismo.
Nos anos 1980, foram detectados
vários casos de pneumonia e sarcoma
de Kaposi com outras patologias crô-
nicas em pacientes geralmente ho-
mossexuais, que apresentavam uma
carência similar de um tipo de células
sanguíneas. Em 1981, o HIV foi isola-
do e a doença logo começou a ser co-
nhecida como “peste rosa”, associan-
do o aparecimento de manchas rosa
na pele com a tendência homossexual
da maioria dos primeiros casos.
Em 1984, a doença começou a ser
considerada uma epidemia, basean-
do-se no estudo realizado com um
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