geiras e a China, que significou uma
onerosa indenização – 333 milhões de
dólares –, a manutenção de um exér-
cito aliado em Pequim e o desmante-
lamento das fortificações chinesas.
A derrota aumentou a submissão
do país aos interesses estrangeiros
- a Rússia expandiu sua inf luência
na Manchúria, o que levou à guerra
russo-japonesa de 1904-1905 –, acar-
retou a perda de confiança na dinas-
tia Qing e estabeleceu os fundamen-
tos que provocariam a Revolução
Chinesa. Para os vencedores, a rebe-
lião boxer significou a imagem da
China associada ao “perigo amarelo”
e, para os vencidos, foi o início de um
profundo sentimento anticolonial.
JUNHO DE
1813
21
FIM DA GUERRA
PENINSULAR
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JUNHO DE
1941
22 INÍCIO DA
OPER AÇÃO
BARBAROSSA
O pacto de amizade e cooperação
entre a União Soviética e a Alema-
nha, vigente desde agosto de 1939,
não freou os interesses expansio-
nistas do Reich sobre os territórios
do Leste. A operação de invasão
da União Soviética devia começar
em novembro de 1940, mas o fra-
casso dos italianos na Grécia obri-
gou a acelerar a conquista dos
Bálcãs. O grosso das forças blin-
dadas e motorizadas da Wehrma-
cht se transportou ao leste, au-
mentando as tropas auxiliares,
mas não o número de carros, pois
Hitler confiava na inferioridade
técnica do Exército Vermelho e na
potência dos novos carros tipo
Mark III e IV, mais bem equipa-
dos do que os Panzer.
Hitler e os generais mais con-
servadores decretaram um avan-
ço por etapas, a fim de constituir
grandes bolsões de prisioneiros,
o que evitou o colapso do Exército
Vermelho e prolongou a guerra.
Como de costume, os alemães
invadiram a União Soviética sem
antes declarar guerra. Na madru-
como libertadores da opressão
russa, logo comprovaram que
eram tratados como inferiores e
retiraram seu apoio. Em troca,
Stálin fez ressuscitar os velhos
mitos patrióticos para impulsio-
nar a resistência popular e orde-
nou aplicar a tática de terra arra-
sada: a população, o gado, os tra-
tores e as fábricas foram recolhi-
dos a leste, as fazendas foram
queimadas e as pontes, afunda-
das; enquanto isso, os soviéticos
organizavam novas divi-
sões além dos Urais.
A s m a n o b r a s
alemãs fizeram
milhares de pri-
sioneiros soviéti-
cos, mas seu
avanço foi freado
lentamente diante
de um espaço inacabá-
vel, cruzado por escassas
estradas. Julho foi chuvoso e o
território se encheu de lama, o que
fez que os caminhões atolassem,
enquanto as estradas e as passa-
gens dos rios que contavam com
plataformas de madeira – que não
tivessem sido explodidas pelos
russos – não resistiam ao peso de
um tanque. O Rio Berezina abor-
tou definitivamente a operação.
gada de 22 de junho de 1941, três exér-
citos cruzaram a fronteira em direção
a Leningrado, Moscou e Stalingrado.
Com os alemães iam tropas romenas,
húngaras, eslovacas, italianas e fin-
landesas, às quais se uniram, mais
tarde, voluntários belgas, franceses,
croatas e espanhóis, iniciando a Ope-
ração Barbarossa.
Rumo a Bialistok-Minsk, os inva-
sores marcharam em duas colunas
paralelas, muito afastadas entre si e
lideradas por unidades de tanques
que mudaram a direção para to-
mar linhas convergentes, de
maneira que as forças
russas de Bialistok fica-
ram encerradas em um
enorme bolsão; a opera-
ção se repetiu a oeste de
Minsk e em Przemisl.
Os russos perderam mui-
tos homens e reconstruíram
a frente de batalha mais a leste. A
Wehrmacht repetiu sua manobra de
cerco em Tallinn, em Narva, a oeste
do lago Peipus e em Smolensk.
Hitler ordenou assassinar todos os
delegados políticos que fossem encon-
trados, mas estes não se deixavam
capturar com vida, estimulando a
resistência e o moral de oficiais e sol-
dados. Os nacionalistas ucranianos e
bálticos, que receberam os alemães
Inspeção alemã
em avião russo
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