O espaço é farto para quatro ocupantes. Quem vai atrás pode também fechar as cortinas dos vidros laterais e do traseiro
32 QUATRO RODAS FEVEREIRO
bem refrigeradas pelo ar-condicio-
nado digital de quatro zonas.
O sistema multimídia individual
entretém os ocupantes na traseira,
enquanto quem vai na frente des-
fruta do ótimo apoio dos envolven-
tes bancos Motorsport. Controlador
de velocidade adaptativo, painel
digital e sistema de visão 360
o
são
outros mimos que só não superam a
inusitada chave com tela sensível ao
toque. Como o sistema de estaciona-
mento remoto do M5 não é oferecido
no Brasil, a utilidade dela é limitada,
pois todos os dados que ela mostra
podem ser obtidos pelo aplicativo
BMW Connected Drive.
Também impressiona a eficiência
com que a suspensão ignora o pe-
queno perfil dos pneus para absorver
buracos e valetas com quase a mes-
ma excelência de um Série 5. O M5
é mais duro, claro — e, ainda assim,
mais confortável do que qualquer
sedã médio do mercado.
A direção possui relação variável
para poder ser direta em alta velo-
cidade enquanto reduz o número
de voltas para fazer uma baliza. E,
como nos últimos modelos da di-
visão, o M5 permite que o motorista
crie modos de condução personali-
zados, acionados por botões verme-
lhos no volante, alterando parâme-
tros do câmbio, volante, suspensão,
motor e escape. Dá para deixar o
carro barulhento sem precisar abrir
mão do ESP, por exemplo.
E ainda há os pequenos detalhes
que reforçam o cuidado com que
o carro foi desenvolvido. As portas
frontais completam o fechamento
caso os ocupantes tenham receio de
puxá-las com força, e a faixa ama-
rela do conta-giros surge a rotações
menores quando o V8 ainda está
frio, ajudando a preservá-lo.
EMOÇÃO INDIVIDUAL É verdade que
nenhum carro consegue atender a
todos os requisitos de todos os consu-
midores. Mas, dentro de sua propos-
ta, o M5 não só atende aos fãs como
pode empolgar quem nunca viu gra-
ça em pisar fundo no acelerador.
Só que isso não vai eliminar ha-
ters que usam a máscara do conser-
vadorismo para criticar esportivos
modernos que entregam um desem-
penho de Porsche ou Ferrari.
Sim, é verdade que o ronco do V8
4.4 biturbo é quase inexistente para
quem está fora do carro, mesmo com
os escapes na configuração esporti-
va. Só que a forma como o som (par-
cialmente virtual) envolve os ocu-
pantes do M5 pode convencer até o
mais raivoso comentarista de inter-
net. E já que não dá para andar de
lado em cada curva, nada melhor do
que uma tração integral para manter
você no controle o tempo inteiro.
Mesmo com seus dez logotipos
espalhados pela carroceria, o novo
M5 não é um carro para exibicionis-
tas ou hedonistas. Na frente do bar
ele chama tanta atenção quanto um
Série 5, e nem adianta acelerar em
marcha lenta, porque a injeção res-
tringe a rotação do motor. Mas basta
procurar uma estrada deserta ou
uma pista de corrida para que o M5
agrade quem mais importa: a pessoa
que está atrás do volante.
Com seu V8
turbo, ele vai
de 0 a 100
km/h em 2,9 s
Os bancos Motorsport são exclusivos
A chave tem uma tela sensível ao toque
O câmbio possui diferentes configurações
TESTE
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BMW M5