Síndrome do Pânico - Ano 1 Nº 1 (2018)

(Antfer) #1
imaginação: leve sua mente para um lugar
prazeroso. em outras palavras, pense
em coisas, pessoas ou lugares que
costumam trazer pensamentos bons
e fornecer a sensação
de bem-estar.

Converse Com um amigo:
se não estiver sozinho, chame
um colega ou um familiar
que saiba da sua situação
para distrair a mente. saia do
local onde está e peça para
a pessoa falar sobre assuntos
divertidos e calmos.

Busque a razão: reconheça
seus medos e os analise para ver
se são reais ou provenientes da
ansiedade e da síndrome do pânico.

imagnçãmo: Amanda Spinicci Paiva, Francinete Paulo e Lidiane Silva, psicólogas Fotos GettyPremium.com

entendendo o contexto
A ansiedade é um processo que faz parte
da vida de todas as pessoas, é um sentimento
desagradável de medo, angústia, apreensão,
tensão e desconforto derivado de antecipação
de perigo ou algo desconhecido. “Esse é um
processo consciente diante de expectativas.
Pode ser uma fonte de motivação quando
sua presença não traz um sofrimento para
o indivíduo. Contudo, a ansiedade se torna
uma inimiga da saúde quando patológico,
ou seja, a pessoa responde de forma inade-
quada aos estímulos internos ou externos,
apresentando prejuízo cognitivo e mudan-
ça na interpretação da realidade”, explica
a psicóloga Francinete Paulo. E a situação
fica ainda mais grave quando esse quadro
não é tratado, podendo evoluir para outros
problemas, como a síndrome do pânico.
Normalmente, pessoas com esse trans-
torno limitam suas vidas para evitar que
tenham crises. Elas chegam até a não sair


mais de casa com medo do que pode acontecer. Porém, como esse
medo é um sintoma interno, essas crises não diminuem nem de-
saparecem com o isolamento ou a reclusão. “Crises de pânico são
comuns a todos os indivíduos. O que difere a síndrome do pânico
das crises é sua frequência”, comenta a psicóloga Amanda Spinicci
Paiva. A maioria das crises pode ocorrer por vários fatores, que
vão se acumulando ao longo do tempo, isto é, raramente um fator
isolado causaria um ataque de pânico.

e como identificar a crise?
A maneira mais simples de perceber que está passando por um
ataque de pânico é se atentar ao que o corpo está “querendo dizer”,
ou seja, identificar os sintomas que estão se manifestando. Geral-
mente, a crise dura de 5 e 20 minutos, e os sintomas que aparecem
dependem da gravidade do quadro, mas podem incluir: tontura e
fraqueza, calafrios, batimentos acelerados e tremores. “Se a pessoa
identifica que está tendo uma crise, é muito importante pedir aju-
da a alguém ou tentar se acalmar até os sintomas amenizarem. O
controle do pensamento é fundamental, pois o medo gerado pelos
sintomas leva a pessoa a acreditar que está tendo um infarto, po-
tencializando a ansiedade e tendo piora nos sintomas vivenciados”,
acrescenta a psicóloga Lidiane Silva.

ConTroLe a respiração:
ao sofrer um ataque, é comum
que o fluxo respiratório
aumente, o que pode reduzir
a capacidade de raciocínio.
portanto, encontre um padrão
calmo de respiração e se
concentre para mantê-lo
estável.

Truques CogniTivos:
percebeu os primeiros
sintomas da crise?
então, concentre-se para
contar de 100 a 0 subtraindo 7,
por exemplo:
100, 93, 86, 79...
Também é válido recitar um
poema ou se concentrar na
letra da música que você
gosta muito.

É hora de controlar
O primeiro passo para controlar um ataque de pânico é perceber que está passando por isso.
Depois, é o momento de buscar formas de acalmar a mente e conseguir reverter a situação.
Pensando nisso, listamos algumas dicas simples de colocar em prática!

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