Vingança a Sangue-Frio

(Carla ScalaEjcveS) #1

– Ligados a uma fonte de energia, o portátil e o telemóvel conseguiriam
fazê-lo na perfeição.


– Raios! – Harry bateu na testa. – Mas isso significa que o tipo que o
programou antecipou todos os acontecimentos. Toda a maldita coisa foi um
espectáculo de fantoches, e nós éramos as marionetes.


– Parece que foi mesmo isso. Harry?
– Estou aqui. Apenas a tentar absorver tudo. Bom, é melhor esquecê-lo por
um bocado, é demasiada coisa numa única informação. E quanto àquela
empresa de que te dei o nome?


– A empresa, sim. O que é que te faz pensar que fiz alguma coisa a esse
respeito?


– Nada. Até me teres dito o que é que fizeste.
– Não te disse nada.
– Não, mas o modo como o disseste estava cheio de promessas.
– Ah, sim?
– Descobriste qualquer coisa, não descobriste?
– Descobri.
– Vá lá!
– Liguei para os contabilistas que trabalham para a loja de fechaduras e
consegui que uma senhora me enviasse os números de segurança social dos
funcionários. Quatro empregados a tempo inteiro e dois em part-time . Passei
os números pela base de dados dos Registos Criminais e da Segurança Social.
Cinco deles não têm cadastro. Mas um...


– Sim?
– Tive de me servir do scroll para ver tudo. Na sua grande parte, drogas. Foi
acusado de venda de heroína e de morfina, mas apenas foi condenado por
posse de uma pequena quantidade de haxixe. Cumpriu pena por roubo com
arrombamento, e dois assaltos à mão armada.


–   Violência?
– Usou uma arma num dos assaltos. Não a disparou, mas estava carregada.
– Perfeito. É o nosso homem. És um anjo. Como é que ele se chama?
– Alf Gunnerud. Trinta anos, solteiro. Avenida Thor Olsens, número 9.
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