─ Maria e Carmine?
─ Ela é italiana.
─ Ela era italiana.
Michael trabalhou durante as duas horas seguintes. Descobriu mais sobre a
vida de Susanna do que julgara possível: namorados, cidade natal, banco, filme
preferido, livro predileto. Tentou tudo, para a frente, para trás, de lado, e nada
resultou.
─ Como se chamava o cão?
─ Carson.
─ Por que Carson?
Elizabeth sorriu.
─ Porque tinha insônia e adorava The Tonight Show.
Michael digitou CARSON. Nada. Experimentou JOHNNY. Nada. Tentou
DOC e ED. Nada.
─ Tinha gravado os últimos dois programas. Estava sempre revendo.
─ Quem foi o convidado do último programa?
─ Foi só Johnny, lembra? Foi só ele falando com o público.
─ E no anterior?
─ Bette Middler. Ela adorava a Bette Middler.
Michael escreveu BETTE. Nada. MIDDLER. Nada. Escreveu os nomes ao
contrário.
Nada.
Bateu com a palma da mão na mesa. ─ Sai da frente ─ disse Elizabeth.
Inclinou-se sobre o ombro do marido, escreveu THE ROSE e pressionou a
tecla ENTER. O computador hesitou durante alguns segundos e a última coisa que
Susanna Dayton escrevera apareceu na tela.
Meu Deus ─ exclamou Michael.
AMSTERDAM
A casa flutuante no Prinsengracht assumira a aparência de uma sala de
operações militares. Delaroche chegou a pensar brevemente em regressar a Brélés,
mas era uma aldeia, com a normal tendência das aldeias para os mexericos, e sabia
que a presença de uma loura alta iria fazer despertar o interesse de Didier e dos
seus compinchas. Além disso, o Krista garantia uma atmosfera descontraída e
reservada onde planear os assassinatos. Nas paredes afixou mapas de grande