em direção a Georgetown, Delaroche disse-lhe calmamente o que fazer. Michael
chegou a George Washington Parkway. Ao meio-dia havia pouco trânsito.
Atravessou a alameda e correu por outra encosta acima. Os edifícios de escritórios
de vidro e aço da seção Rosslyn de Arlington estavam à sua frente. Encontrou um
telefone público em frente a uma loja de conveniência e teclou rapidamente seu
próprio número.
Max Lewis atendeu.
─ Chame Elizabeth, já!
Segundos mais tarde, Elizabeth atendia.
─ Michael, o que há?
─ Eles estão aqui, Elizabeth ─ disse Michael, arquejando. ─ Outubro acaba
de tentar me matar no Mount Vernon Trail. Agora escute com muita atenção e faça
exatamente o que vou dizer.
WASHINGTON, D. C.
Elizabeth correu para a sala de Michael e abriu a porta do armário. A pasta
estava na última prateleira, uma caixa rectangular castanha tão feia, que só poderia
ter sido criada pelo Gabinete de Serviços Técnicos da Agência. Não conseguia
chegar à prateleira, por isso empurrou a cadeira de Michael da secretária até o
armário. Empoleirou-se em cima dela e pegou na pasta.
Max estava no quarto. Elizabeth sentou-se aos pés da cama e calçou um par
de botas de camurça castanhas, de cowboy. Depois foi até o armário e vestiu um
casaco de pele, que lhe dava pelas coxas. Sem saber bem porquê, olhou para o
reflexo do seu rosto no espelho e passou os dedos pelo cabelo despenteado. Max
olhou para ela.
─ Raios partam, Elizabeth! Que diabo se está a passar? Elizabeth obrigou-se
a permanecer calma.
─ Não posso explicar tudo agora, Max, mas um homem acabou de tentar
matar o Michael enquanto ele estava a correr. O Michael acha que esse homem está
a vir para aqui e quer que saiamos já.
Max olhou para a pasta.
─ Que raio é isso?
─ Chama-se uma lança ─ respondeu ela. ─ Explico logo. Mas agora preciso
que me ajude.
─ Faço qualquer coisa, Elizabeth, sabe disso.
─ Agora ouve com atenção, Max ─ disse ela, pegando-lhe na mão. ─ Vamos
sair pela porta da frente muito devagar, muito calmamente, e vamos entrar no meu