Gabriel recusou o convite de Carter para acompanhá-lo à Casa Branca. Sua única
reunião anterior com o presidente tinha sido tensa, e sua presença agora na Ala Oeste
seria uma distração desnecessária. Era muito melhor deixar Adrian contar ao governo
que o território americano estava prestes a ser atacado por um grupo que o presidente
desprezara como fraco e ineficiente. Ouvir essa notícia da boca de um israelense só traria
ceticismo, algo que eles não podiam arriscar.
Gabriel aceitou, porém, quando Carter ofereceu o esconderijo da N Street, uma SUV
e um destacamento de segurança da Agência. Depois de sair de Langley, ele foi para a
Embaixada de Israel no extremo noroeste de Washington. Ali, na cripta de comunicações
seguras do Escritório, falou com suas equipes de Paris e Londres antes de ligar para
Paul Rousseau no escritório da rue de Grenelle. Rousseau tinha acabado de voltar do
Palácio Élysée, onde dera a mesma mensagem que Adrian Carter agora transmitia para a
Casa Branca. O ISIS estava planejando um ataque em solo americano, muito
provavelmente enquanto o presidente francês estivesse naquela cidade.
— O que mais ele tem na agenda além da reunião na Casa Branca com o presidente e
do jantar de Estado?
— Um coquetel na Embaixada da França.
— Cancele.
— Ele se recusa a fazer qualquer mudança na agenda.
— Que corajoso.
Rousseau escolheu não responder. Gabriel perguntou quando ele iria a Washington.
— Chego na segunda à noite com a equipe de reconhecimento. Vamos ficar no Four
Seasons.
— Que tal um jantar?
— Combinado.
Da embaixada, Gabriel seguiu para o esconderijo e para algumas horas de sono
muito necessárias. Carter o acordou no fim da tarde.
— Tudo certo — foi só o que ele disse.
— Falou com o chefão?
— Um ou dois minutos.
— Como ele reagiu?
— Tão bem quanto seria possível.
— Meu nome foi mencionado?
— Ah, foi.
— E?
— Ele mandou um abraço.
— Só isso?
— Pelo menos, ele sabe seu nome. Ainda me chama de Andrew.
Gabriel tentou dormir, mas não adiantou, então tomou banho e se trocou e, com