representante do Hezbollah em Teerã, anunciou que o grupo pretendia assassinar israelenses e
judeus onde quer que os encontrasse, declarando ameaçadoramente que "não haverá nenhum
lugar onde eles estejam a salvo". Com certeza o comentário foi bem recebido pelo líder
supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, que certa vez disse que Israel é "um tumor canceroso"
que precisa ser removido. Importante notar que essa frase foi proferida por alguém que tem a
capacidade de levar isso a cabo apenas pressionando um botão.
O platô sagrado em Jerusalém está de fato sob controle do Waqf islâmico. O muro
sul do monte sofreu mesmo uma avaria causada pela construção da Mesquita Marwani, e é
precisa a descrição dos escombros arqueologicamente ricos sendo despejados no vale do
Cédron. Eu usei o trabalho de Sir Charles Warren ao redigir o clímax da história, embora
tenha tomado algumas liberdades ao movimentar meus personagens. O túnel secreto que
Gabriel Allon e Eli Lavon usaram para entrar no monte, por exemplo, foi inventado e não
possui qualquer embasamento.
Em 1999, Ekrima Sa'id Sabri, na época Grande Mufti de Jerusalém, declarou que
"o judeu" estava planejando destruir o Haram al-Sharif. "O judeu vai levar o cristão a fazer
seu trabalho por ele", explicou Sabri, que tem doutorado na Universidade Al-Azhar, no Cairo,
o mais importante centro de estudo do Islã sunita. "Esse é o jeito dos judeus. É dessa forma
que satã se manifesta." No ano 2000, pouco antes de o papa João Paulo II fazer sua
peregrinação histórica a Israel, incluindo uma visita ao Monte dcj Templo, Sabri negou que o
Holocausto tivesse acontecido. "Seis milhões de judeus mortos? Nem pensar. Foram muito
menos. Vamos parar com esse conto de fadas explorado por Israel para obter solidariedade
internacional." Não foram palavras de um clérigo fundamentalista de alguma mesquita
salafista insignificante, mas do homem que controlava o terceiro local mais sagrado do Islã.
A Negação do Holocausto é, hoje, parte do pensamento dominante nos mundos
árabe e islâmico, assim como sua prima em primeiro grau, a Negação do Templo. Quase toda
a liderança da Autoridade Palestina — mesmo alguns considerados "moderados" no Ocidente
— nega que um templo judaico tenha existido sobre o Monte do Templo. Na cúpula de Camp
David, em 2000, quando o presidente norte-americano Bill Clinton trabalhou incansavelmente
pelo fim do conflito entre israelenses e árabes, Yasser Arafat teve a audácia de afirmar que
não houvera nenhum templo em Jerusalém, mas em Nablus. A declaração chocou Clinton, que
respondeu: "Como cristão, eu também creio que sob a superfície haja resquícios do Templo de
Salomão." O principal negociador de Clinton para questões referentes ao Oriente Médio,
Dennis Ross, comentaria depois a performance de Arafat na cúpula: "Ele criou uma nova
mitologia ao dizer que o Templo nunca existiu ali. Foi a única contribuição dada por ele nos
quinze dias em Camp David."
O presidente ainda faria diversas tentativas de levar a paz ao Oriente Médio nos
últimos dias do mandato, inclusive os chamados Parâmetros de Clinton, que ele apresentou
aos israelenses e palestinos durante uma reunião dramática na Sala do Gabinete da Casa
Branca. Tratava-se de um conjunto de termos não negociáveis para um acordo final;
estipulavam a criação de um Estado palestino na Faixa de Gaza e em 96 por cento da
Cisjordânia. O Monte do Templo, sagrado para as três fés abraâmicas, seria incluído no
Estado palestino e o Muro das Lamentações e o Bairro Judeu da Cidade Antiga ficariam sob
carla scalaejcves
(Carla ScalaEjcveS)
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