Vegetarianos - Edição 147 (2019-01)

Vegetarianos 25

como ela se relaciona com a
comida. “Hoje, se me dá vontade
de tomar refrigerante e comer um
hambúrguer vegano, porque comer
carne está fora de cogitação, eu vou
beber e comer, pois a minha rotina
alimentar é baseada em alimentos
vegetais orgânicos e naturais.”
Com histórico familiar da
doença, Ana Paula, que já era
vegana antes de a doença aparecer,
sempre procurou se precaver com
controles anuais que começaram
a ser feitos aos 37 anos. “Aos 39,
descobri um tumor muito pequeno,
de 4 mm, mas altamente invasivo.
Fiz a cirurgia e o médico retirou
apenas o linfonodo e as margens,
mas tive que fazer radioterapia por
cinco anos, que, além das náuseas,
queimou minha pele na região da
mama. Na época, senti muita raiva.
Era uma sensação de injustiça. Eu
me perguntava por que eu, vegana,
praticante de yoga e de meditação,
fui ter aquela doença. Eu
desacreditei da vida. Com a terapia,
entendi que a doença não era
culpa minha, que não era a minha
alimentação que tinha provocado
aquilo, ao contrário, minha
alimentação vegana natural só iria
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da doença era minha genética e a
conjuntura emocional, por isso, a
terapia me ajudou muito.”
Além de a mãe e a avó materna
terem tido a doença, Ana Paula

lembra que quando descobriu a

o câncer, estava muito insatisfeita

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um cargo executivo em uma

indústria farmacêutica. Ganhava

bem, viajava muito para o exterior

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insana. Pessoalmente, acho que

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muito, mas ela só se manifesta se

o meio permitir, como o tipo de

alimentação, o estado psicológico,

o ambiente em que você vive.”

Com a doença, porém, ela diz

que reforçou a vontade de cuidar

de si mesma. “A doença me fez

Frutas frescas e vegetais crus foram a solução para o eczema de Maya

despertar para o meu emocional.

Não é que a emoção vai me causar

câncer, ela vai alterar a produção

de hormônios, o metabolismo

do meu corpo e isso favorece a

replicação de célula que não é

normal. Sei que meu emocional

pode fazer diferença na minha vida,

assim como o tipo de alimento que

dou para o meu corpo, que precisa

das substâncias presentes nos

vegetais para se fortalecer.”

Sem eczema com

crudivorismo

A história da polonesa Ullenka

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13 anos, é tão impressionante que

rodou o mundo. Em entrevista

para a Revista dos Vegetarianos,

Ullenka conta que, quando Maya

tinha apenas três meses de idade e

ainda era alimentada apenas com

leite materno, a menina começou

a apresentar os primeiros sinais de

eczema, uma doença alérgica da

pele caracterizada por uma forte

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vesículas, coceira e feridas por

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