CIÊNCIA & SAÚDE TEXTO TALEESSA SILVA/COLABORADORA DESIGN RODRIGO DA GRAÇA
Uso excessivo de plásticos e de cosméticos pode gerar alterações hormonais e doenças
Uma pesquisa realizada na USP (Universidade de São Paulo) de
Ribeirão Preto, no interior do estado, indicou que
a concentração de alguns compostos químicos
em materiais que são utilizados com frequência
no dia a dia são capazes de alterar a produção
hormonal no organismo. Chamadas de
desreguladores endócrinos, estão associadas
ao câncer, à obesidade e até à infertilidade.
Foram coletadas amostras de urina de 300
crianças entre 6 e 14 anos de idade e, em
mais da metade, foram encontrados 25
tipos desses desreguladores. “É um efeito
a longo prazo. À medida que vou usando
produtos que contenham esse tipo de
substância ao longo da minha vida com
certeza estou correndo o risco”, afirmou
o pesquisador do departamento de análise
clínicas e toxicológicas da Faculdade de Ciências
Farmacêuticas da USP, Bruno Alves Rocha.
Algumas dessas substâncias podem ser encontradas em produtos de higiene pessoal, materiais
de limpeza, embalagens plásticas e térmicas, protetores solares, batons e até mesmo em
comprovantes emitidos por máquinas de cartão de crédito e caixas eletrônicos
Robôs podem ajudar autistas
Um estudo publicado na revista norte-americana Science
Robotics analisou o uso de robôs durante a terapia com crianças
autistas, objetivando buscar a melhor solução para ajudar os
pacientes a reconhecerem emoções. A melhor opção
encontrada foi o machine learning, um processo de
aprendizagem dos computadores que se baseia
no reconhecimento de padrões e na inteligência
artificial. Por meio disso, foi criado um
mecanismo que trabalhou com as crianças nas
fases sensorial, perceptiva e interativa, resultando
em uma máquina que se adapta às necessidades
e personalidades de cada paciente, facilitando a aproximação
entre ambos. Imagens de determinadas reações são mostradas
para a criança, que deve tentar reconhecê-la. Em seguida, o robô
encena as mesmas expressões e é pedido para que o autista as
identifique novamente, de maneira que ele entenda de forma
mais palpável cada uma delas.
O autismo afeta 1 em cada 160 crianças no
mundo e os sintomas variam de gravidade,
sendo os mais comuns: dificuldades
na comunicação e interações sociais, e
comportamentos repetitivos