O GLOBO 05-03-19.pdf

(Pinheirojpa) #1

País • p. 4A
mentos citados pela OAS.
Na esquerda, o deputado
Marcelo Freixo (PSOL-RJ)
deve disputar mais uma vez.
—Existe forte possibilidade
da minha candidatura. Vamos
fazer de tudo para ter um am-
plo campo progressista de
apoio e construção. Mas as ins-
tâncias partidárias precisam
ser respeitadas —disse Freixo.
Embora o deputado diga
que o PSOL ainda não bateu
o martelo em relação à sua
candidatura, o presidente
estadual do PT, Washington
Quaquá, já disse que seu
partido pretende apoiá-lo:
—Tem uma chance razoa-
velmente grande de apoiar-
mos o Freixo, que é o nome
com maior densidade. Mas
vamos buscar a ampliação
da aliança, com PCdoB, PSB
e PDT —disse Quaquá.
O PDT, no entanto, já
aprovou a indicação de sua
líder na Assembléia Legisla-
tiva (Alerj), deputada Mar-
tha Rocha, para concorrer.
—O nome delaé unanimi-
dade e a capital é prioridade
—diz o presidente nacional
do PDT, Carlos Lupi.
Também devem concor-
rer os deputados Alessan-
dra Molon (PSB) e Marcelo
Calero(PPS).
UM RENASCIMENTO EM SP
Em São Paulo, a disputa de-
verá ser marcada pelo re-
torno de candidaturas do
campo conservador. Não
somente o PSL, mas outros
representantes desse cam-
po passaram afazer planos.
O Novo é um deles. O Mo-
vimento Brasil Livre
(MBL), embora não seja
um partido, também en-
saia ter um nome.
No PSL, há, pelo menos,
três potenciais candidatos: a
deputada estadual Janaina
Paschoal, a mais votada da
história do estado, a deputa-
da federal e líder de Bolsona-
ro no Congresso, Joice Has-
selmann, e o filho do presi-
dente Eduardo Bolsonaro.
No Novo especulava-se no
fim do ano passado que o
presidenciável da sigla em
2018, João Amoêdo, se can-
didataria. A tese, entretan-
to, perdeu força, e o nome
que surge é o da vereadora
da sigla Janaina Lima.
Apesar do fracasso do ano
passado, o PSDB está conven-
cido de que terá uma candida-
tura forte com o projeto de ree-
leição do atual prefeito, Bruno
Covas. O MDB também flerta
com uma candidatura de cen-
tro. O ex-ministro Henrique
Meirelles é uma alternativa.
Na esquerda, a negativa de
Fernando Haddad, candida-
to derrotado à Presidência,
para disputar a prefeitura
abriu espaço no PT para que a
sua mulher, Ana Esteia, con-
corra à vaga. A ex-primeira-
dama paulistana acompa-
nhou o marido em boa parte
das agendas. Chegou a ser
convidada para ser a vice na
eleição para o governo de São
Paulo no ano passado e foi
sondada também para lan-
çar-se deputada estadual.
Ela, porém, enfrenta resis-
tência de quem defende Aloi-
zio Mercadante.
Outro nome cogitado no
campo é o do ex-governador
de São Paulo Márcio França
(PSB). Embora derrotado
nas urnas no ano passado,
França saiu da disputa contra
João Doria com um cacife
eleitoral de mais de 10 mi-
lhões devotos.
Jurisprudência do TSE pode barrar filhos de Bolsonaro nas eleições
GUSTAVO SCHMITT
[email protected]
SÀ0 PAULO
A possibilidade de Eduar-
do Bolsonaro (PSL-SP)
ser candidato a prefeito de
São Paulo em 2020 esbarra
numa regra da Constitui-
ção, que é a"inelegibilidade
por parentesco". O disposi-
tivo torna inelegíveis os pa-
rentes consanguíneos até o
segundo grau na jurisdição
do titular. A exceção são os
casos de candidaturas à ree-
leição. A regra, porém, gera
polêmica, segundo especia-
listas consultados pelo
GLOBO. Há juristas que en-
tendem que a jurisdição do
presidente se estende a todo
território nacional, o que
barraria qualquer candida-
tura de parentes. No entan-
to, há especialistas com a vi-
são de que a jurisdição do
presidente se aplica apenas
a cargos federais.
Em 2008, o Tribunal Su-
perior Eleitoral (TSE) bar-
rou a candidatura a verea-
dor em São Bernardo do
Campo (SP) de Marcos
Cláudio Lula da Silva, ente-
ado do ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva. Na vi-
são da advogada Vera Che-
min, alei é clara.
—Já existe uma jurispru-
dência, como mostra o caso
do enteado de Lula, e ela de-
ve ser mantida.
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PÁTRIA AMADA


.BRASILGOVERNO FEDERAL (^)

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