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CAPA | TECNOLOGIA
Data center da Microsoft:
os serviços de computação em
nuvem são o novo front da empresa
NAS NUVENS
A computação na nuvem é um dos negócios
que mais crescem nas receitas da Microsoft
Faturamento da Microsoft, por divisão
(em bilhões de dólares)
Produtividade e processos de negócios:
Office, Skype e softwares corporativos
Nuvem: Azure, sistemas para data
centers e serviços de consultoria
Computação pessoal: Windows,
Xbox e games, hardware e acessórios
2014
2721,738,6
2015
26,4 23,7 43,2
2016
26,5 25 40,4
2017
30,4 27,4 38,8
2018
35,9 32,2 42,3
tempos em tempos e o aplicativo do
celular se conecta com um sistema de
inteligência artificial da Microsoft
para fazer a conferência. “Se a Uber
tivesse de desenvolver a tecnologia,
levaria meses”, diz Julia.
A ideia da computação em nuvem
existe há muitos anos, é claro, mas na
Microsoft pré-Nadella a primeira per-
gunta que se fazia em relação a qual-
quer nova tecnologia era o impacto
potencial no Windows. Foi em nome
de proteger o Windows que a empresa
hesitou em abraçar a internet e, de-
pois, em aceitar que o smartphone
seria o verdadeiro computador pes-
soal. Tudo o que pudesse ameaçar o
império construído sobre a fundação
do Windows estava fora de questão ou
era relegado a segundo plano. O refle-
xo era colocar o Windows em todos os
computadores do mundo. No mundo
de hoje, com diferentes smart phones,
tablets e cada vez mais aparelhos co-
nectados à internet, a estratégia sim-
plesmente não fazia mais sentido.
Para Nadella, o novo front é o que ele
chama de “nuvem inteligente”, ou
seja, serviços que rodam em enormes
data centers, construídos com inteli-
gência artificial e que possam ser
acessados pelos mais diversos dispo-
sitivos, de forma agnóstica. O Win-
dows ainda tem seu altar, mas o dog-
ma do sistema deu lugar ao sincretis-
mo. No exemplo do Uber descrito
antes, não importa se o aplicativo
estiver num iPhone ou num celular
Android — a Microsoft também está
presente, mesmo que nos bastidores.
A VIDA PÓS-WINDOWS
Os produtos mais famosos, Windows
e Office, ainda dão dinheiro, mas o
mercado global de PCs encolheu 4,3%
no último trimestre do ano passado,
de acordo com a empresa de pesqui-
sas de mercado Gartner. “O negócio
de softwares para desktop é um lega-
do para a Microsoft e sabemos que
esse mercado é terrível”, diz Daniel
Fonte: empresa