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setembro 2016^13

O CENTENÁRIO DE


OSWALDO BRANDÃO


©1 ©2 JOSE LEOMAR ©3 SERGIO SADE ©4 JOSE PINTO

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Gáucho de Taquara, onde nasceu em 18 de setembro
de 1916, Oswaldo Brandão teve uma infância humilde.
Ainda muito jovem chegou a trabalhar em estradas de
ferro para ajudar no sustento da família. Não demorou
muito para que mudasse o seu destino em direção ao
futebol, que o abraçou como jogador. Foi um regular
zagueiro, que atuou, primeiro no Internacional de Por-
to Alegre, depois no Palestra Itália paulista. Por conta
de uma contusão, teve uma curta carreira, e acabou se
tornando técnico da equipe paulistana, já como Pal-
meiras, em outubro de 1945. Poucos poderiam saber
que aquele rapaz de pouco estudo se tornaria um dos
maiores técnicos da história do futebol brasileiro. Au-
toritário e centralizador, Brandão adotava o estilo
paizão, impondo rígidas normas de conduta a todos os
seus comandados. Certa vez vetou a ida de um joga-
dor a uma excursão pela Europa com o argumento de
que o atleta estava com frieira. Trabalhou em todas as
grandes equipes paulistas. No Palmeiras, conquistou
quatro títulos estaduais, em 1947, 1959, 1972 e 1974,
uma Taça Brasil em 1960 e dois Campeonatos Brasi-
leiros, nos anos de 1972 e 1973, com uma das melhores
equipes da história do alviverde e que passou a ser cha-
mada de ‘Segunda Academia’, a primeira teria sido o
time dos anos 1960. No São Paulo, o paulista de 1971.
No Corinthians, foram três torneios Rio-São Paulo, em
1953, 1954 e 1966, e dois paulistas, para lá de espe-
ciais, o de 1954, na edição do IV Centenário da cidade
de São Paulo, e em 1977, título que deu Ÿ m a 23 anos
sem campeonatos da equipe alvinegra, o maior jejum
de conquistas da história do clube. Também trabalhou
na Portuguesa e no Santos e teve uma marcante pas-
sagem no exterior, quando foi campeão argentino com
o Independiente em 1967, com a melhor campanha da
história do futebol local, com mais de 86% de apro-
veitamento. Brandão também viveu importantes
momentos no comando da seleção brasileira. Era ele
o técnico do escrete canarinho, durante as eliminató-
rias para a Copa do Mundo de 1958. Acabou sendo
substituído por Vicente Feola, que tinha a preferência
de Paulo Machado de Carvalho, chefe da delegação
brasileira que foi à Suécia. Voltaria a dirigir o selecio-
nado nas eliminatórias para a Copa do Mundo de 1978.
Caiu logo após a estreia, sem gols, frente à Colômbia
em Bogotá – em seu lugar foi chamado Cláudio Couti-
nho. Posteriormente aŸ rmaria que “não ter ido a uma
Copa do Mundo foi minha maior frustração”. Faleceu
aos 72 anos em 29 de julho de 1989.

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HÁ 100 ANOS... 1916


Disciplinador,
Brandão era
duro com os
altetas

No Corinthians,
em 1977, um
momento épico:
ele encerrou o
incômodo tabu
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