13 Coisas que as Pessoas Mentalmente fortes não fazem - Amy Morin - 151 Págs

(EROCHA) #1

  • Um pouco de tempo sozinho pode ser bom para as crianças. Um estudo de 1997
    descobriu que um quinto das pessoas no oitavo ano que passavam quantidades mode-
    radas de tempo sozinhas tinham menor probabilidade de exibir problemas comportamen-
    tais, menor prevalência de depressão e notas médias mais altas.

  • Solidão no escritório pode aumentar a produtividade. Embora muitos ambientes de
    trabalho promovam espaços abertos e grandes sessões de brainstorming, um estudo de
    2000 descobriu que a maioria das pessoas pesquisadas tinha um desempenho melhor
    quando gozavam de alguma privacidade. Passar um tempo afastado de todos estava li-
    gado a um aumento da produtividade.

  • Passar algum tempo sozinho pode aumentar a empatia. As pessoas que passam
    algum tempo sozinhas têm maior probabilidade de demonstrar compaixão pelos outros.
    Se estiver passando muito tempo com seu círculo social, você tem mais chance de de-
    senvolver uma mentalidade do tipo “nós contra eles”, o que pode ocasionar um compor-
    tamento de menor empatia em relação às pessoas que estão fora dele.

  • Passar algum tempo sozinho desperta a criatividade. Muitos artistas, escritores e
    músicos de sucesso dão à solidão o crédito por um desempenho melhor, enquanto al-
    gumas pesquisas sugerem que passar algum tempo longe das demandas da sociedade
    pode turbinar sua criatividade.

  • Hábitos solitários são bons para a saúde mental. Embora haja com frequência
    uma grande ênfase na importância das nossas habilidades sociais, as evidências suge-
    rem que aptidões solitárias podem ser igualmente importantes para a saúde e o bem-
    estar. A capacidade de tolerar o tempo sozinho parece estar ligada ao aumento da felici-
    dade e da satisfação com a vida e a uma melhora da gestão do estresse. Pessoas que
    gostam de ficar sozinhas também são menos depressivas.

  • A solidão oferece restauração. Passar algum tempo sozinho é uma ótima oportu-
    nidade para recarregar as baterias. Pesquisas mostram que passar tempo sozinho na
    natureza proporciona descanso e renovação.


Mesmo que desacelerar e tirar um tempo para si mesmo seja um desafio para você, de-
cidir não fazê-lo pode trazer consequências sérias. Alicia, uma grande amiga minha, experi-
mentou consequências extremas há alguns anos. Eu não a conhecia naquela época, e fiquei
surpresa de ouvir como o estresse tivera um efeito tão cumulativo em sua vida a ponto de ela
deixar de cuidar de si mesma.
Alicia acabara de ter o primeiro filho e trabalhava de 25 a 30 horas por semana em um
emprego pelo qual não morria de amores. Há pouco voltara à faculdade em tempo integral
porque se sentia mal de ainda não ter conseguido o diploma. Também sentia muita culpada
por seu ritmo agitado exigir que passasse muito tempo longe de seu bebê.
Por fim, as exigências da maternidade, do trabalho e dos estudos acabaram cobrando
um alto preço emocional e físico. Ela tinha crises de ansiedade constantes e às vezes sentia
que mal era capaz de respirar. Começou a ficar esgotada e perdeu o apetite. Mas ignorou os
sinais de alerta de que seu estresse estava atingindo níveis perigosamente altos e seguiu em
frente. O dia em que o estresse a dominou por completo começou como qualquer outro – ou
assim lhe disseram. Ela não se lembra de nada. Na verdade, a primeira coisa de que se lem-
bra foi de acordar no hospital cercada por sua família.
Alicia ficou horrorizada de descobrir que fora encontrada em um posto de gasolina total-
mente desorientada. O atendente reconheceu sua confusão mental e chamou uma ambulân-
cia. A equipe de socorro lhe fez perguntas, como qual era seu nome e onde morava, mas ela
não conseguiu respondê-las. A única coisa que conseguia dizer é que seu bebê estava em
casa sozinho.

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