- Você se torna vítima das circunstâncias. Deixa de ser o capitão e passa a ser um
passageiro da própria vida. Vai dizer que outras pessoas o fazem se sentir mal ou forçam
você a se comportar de uma determinada forma que não gosta. Vai culpar os outros, em
vez de aceitar a responsabilidade por suas escolhas. - Você se torna muito sensível a críticas. Perde a capacidade de avaliar as críticas
e começa a levar a sério qualquer coisa que os outros digam. E, assim, começa a dar às
palavras dos outros muito mais importância do que elas merecem. - Você perde seus objetivos de vista. Você não vai conseguir construir o tipo de vida
que deseja se permitir que outros determinem seus objetivos. Não é possível prosseguir
em direção aos seus objetivos se você der aos outros o poder de entrar em seu caminho
e interferir em seu progresso. - Você arruína seus relacionamentos. É provável que você fique ressentido com as
pessoas se não disser a elas quando ferirem seus sentimentos ou permitir que elas inva-
dam sua vida de maneira indesejada.
RECUPERE SEU PODER
Quando você não tem confiança em si mesmo, toda a sua autoestima depende da forma
que os outros enxergam você. E se você ofender as pessoas? E se elas não gostarem mais
de você? Quando você decide estabelecer alguns limites saudáveis, vê uma forte reação por
parte dos outros. Mas se você tem consciência do seu valor, sabe que pode tolerá-la.
Lauren aprendeu que podia ser firme com a sogra e ainda assim se comportar com res-
peito. Embora tivesse horror de confrontos, ela e o marido explicaram juntos sua preocupação
a Jackie. A sogra ficou ofendida de início, quando disseram que ela não poderia aparecer to-
das as noites, e tentou argumentar quando explicaram a ela que não poderia fazer comentá-
rios grosseiros sobre as regras de Lauren para a crianças. No entanto, com o tempo, Jackie
aceitou que tinha que seguir essas regras se quisesse continuar visitando o filho e as netas.
IDENTIFIQUE AS PESSOAS QUE
TOMARAM SEU PODER
Steven McDonald é um grande exemplo de alguém que escolheu não abrir mão de seu
poder. Quando trabalhava como policial na cidade de Nova York, em 1986, parou alguns ado-
lescentes para questioná-los sobre uma série de roubos de bicicletas recente. Um dos jovens,
de 15 anos, sacou uma arma e atirou em McDonald, atingindo-o na cabeça e no pescoço. Os
tiros o deixaram paralisado do pescoço para baixo.
Ele sobreviveu por milagre, mas passou dezoito meses hospitalizado se recuperando e
aprendendo a viver como tetraplégico. Na época do acidente, estava casado havia apenas oi-
to meses e sua mulher estava grávida de seis meses.
De forma notável, McDonald e a esposa escolheram não se concentrarem em tudo o que
tinha sido tirado deles pelo garoto. Em vez disso, fizeram o esforço consciente de perdoá-lo.
Na verdade, alguns anos depois do incidente, o adolescente ligou para ele da cadeia se retra-
tando. McDonald não apenas aceitou as desculpas, como ainda lhe disse que esperava que
um dia pudessem viajar juntos pelo país, compartilhando sua história na esperança de evitar
outros atos de violência. Contudo, McDonald nunca teve a chance de fazer isso, porque após
três dias de liberdade, o garoto morreu num acidente de motocicleta.