soa ainda mais poder para interferir em sua qualidade de vida. Escolher perdoar lhe permite
tomar seu poder de volta, não apenas pelo bem de sua saúde psicológica, mas também por
sua saúde física. Algumas pesquisas constataram os benefícios do perdão para a saúde:
- Perdoar reduz o estresse. No decorrer dos anos, muitos estudos mostraram que
guardar rancor mantém o corpo em estado de estresse. Quando você pratica o perdão,
sua pressão sanguínea e seus batimentos cardíacos diminuem. - Escolher perdoar aumenta sua tolerância à dor. Em 2005, num estudo com pacien-
tes que apresentavam dor crônica na coluna lombar, a raiva aumentou o desgaste psico-
lógico e diminuiu a tolerância à dor. A disposição a perdoar foi associada a um aumento
da resistência à dor. - O perdão incondicional pode ajudar você a viver mais tempo. Um estudo de 2012
publicado no Journal of Behavioral Medicine descobriu que quando as pessoas estavam
dispostas a perdoar apenas sob certas condições – se a outra pessoa se desculpasse ou
prometesse nunca mais repetir o mesmo comportamento, por exemplo –, seu risco de
morrer cedo na verdade aumentava. Você não tem controle sobre o modo como alguém
se comporta. Esperar que uma pessoa lhe peça desculpa para poder perdoá-la dá a ela
poder não apenas sobre sua vida, mas talvez até mesmo sobre sua morte.
DICAS E ARMADILHAS COMUNS
Monitore seu poder pessoal e perceba as ocasiões em que você está voluntariamente
abrindo mão dele. É difícil, mas, para aumentar sua força mental, você precisa manter cada
grama de poder pessoal para si mesmo.
O QUE AJUDA
Falar de um modo que reforce sua escolha, como “Agora estou escolhendo fa-
zer...”. Estabelecer limites emocionais e físicos com as pessoas.
Comportar-se de maneira proativa, fazendo escolhas conscientes sobre como vai
reagir às circunstâncias. Assumir total responsabilidade sobre o modo como escolhe gas-
tar seu tempo e sua energia.
Escolher perdoar as pessoas sem se importar se elas vão tentar se redimir ou
não. Estar disposto a avaliar as críticas que receber sem tirar conclusões precipitadas.
O QUE NÃO AJUDA
Usar linguagem que implicitamente indique que você é uma vítima, como “Eu te-
nho que fazer isso”, ou “Meu chefe me deixa louco”.
Sentir raiva e ressentimento de pessoas que você permite que violem seus direi-
tos.
Reagir às atitudes dos outros e depois culpá-los pelo modo como você lidou com
a situação. Fazer coisas que não quer e depois culpar outra pessoa por “obrigá-lo” a fa-
zer aquilo. Escolher guardar rancor e cultivar raiva e ressentimento.
Permitir que as críticas controlem o modo como você se sente.