13 Coisas que as Pessoas Mentalmente fortes não fazem - Amy Morin - 151 Págs

(EROCHA) #1

C A P Í T U L O 3


NÃO EVITAM A MUDANÇA


Não é que algumas pessoas tenham força de vontade e outras não... É que algumas pessoas
estão dispostas a mudar e outras não.


  • JAMES GORDON


Richard entrou em meu consultório porque não conseguia fazer progressos no cuidado
com sua saúde física. Aos 44 anos, tinha mais de 30 quilos de sobrepeso e havia sido diag-
nosticado com diabetes.
Logo depois do diagnóstico, foi a uma nutricionista e descobriu que mudanças precisaria
fazer em sua alimentação para perder peso e controlar o nível de açúcar no sangue. A princí-
pio, tentou eliminar todas as porcarias que comia regularmente. Chegou a jogar no lixo todos
os sorvetes, doces e refrigerantes que tinha em casa. No entanto, dois dias depois, flagrou-se
comprando mais doces e recaindo em seus velhos hábitos.
Também sabia que precisava fazer mais atividades físicas se quisesse ficar mais saudá-
vel. No fim das contas, o exercício não lhe era completamente estranho. No colégio, tinha sido
um astro no campo de futebol e na quadra de basquete. Mas agora ele passava a maior parte
do tempo sentado diante do computador. Como trabalhava muito, não sabia como encontrar
tempo para se exercitar. Havia feito a inscrição em uma academia, mas só foi malhar duas ve-
zes. Em geral chegava do trabalho exausto – e já estava sentindo que não passava tempo su-
ficiente com a mulher e os filhos.
Richard me disse que queria mesmo ficar mais saudável. Mas estava frustrado. Apesar
de entender os riscos do sobrepeso e os perigos de não monitorar sua diabetes, não conse-
guia se motivar a mudar seus hábitos pouco saudáveis.
Ficou claro que ele estava tentando mudar muitas coisas e rápido demais, o que é uma
receita para o fracasso. Recomendei que escolhesse mudar uma coisa de cada vez. Então,
ele disse que deixaria de comer os biscoitos que costumava petiscar em sua mesa durante a
tarde. Era importante achar algo que substituísse aquele hábito, então ele decidiu que experi-
mentaria palitinhos de cenoura.
Também sugeri que conseguisse algum apoio para ficar mais saudável. Richard concor-
dou em frequentar um grupo de apoio para diabéticos. Nas semanas seguintes, discutimos
estratégias para ajudar a envolver sua família no processo. Sua mulher foi a algumas sessões
de terapia com ele e começou a entender os passos que teria que dar para ajudar Richard a
melhorar sua saúde. Ela aceitou deixar de comprar tantas porcarias quando fosse ao super-
mercado e começou a trabalhar com o marido para descobrirem novas receitas mais saudá-
veis para as refeições.
Além disso, discutimos um plano de exercícios mais realista. Richard disse que quase
todo dia ia para o trabalho planejando ir à academia depois, mas sempre se convencia do con-
trário e seguia direto para casa. Decidimos que ele frequentaria a academia três vezes por
semana e agendaria esses dias com antecedência. Elaboramos, ainda, uma lista que ele pas-
sou a deixar no carro, com todas as razões por que ir à academia era uma boa ideia. Nos dias
em que começava a pensar em desistir e ir para casa, Richard lia a lista como um lembrete

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