incorreta que existe uma correlação direta entre nosso nível de medo e o tamanho do risco.
Mas muitas vezes nossas emoções simplesmente não são racionais. Se soubéssemos como
calcular os riscos, saberíamos quais valem a pena e teríamos muito menos medo de assumi-
los.
NÃO PENSAMOS SOBRE RISCOS
Para calcular os riscos, precisamos prever a probabilidade de o nosso comportamento
resultar em consequências positivas ou negativas e, então, medir o impacto que elas terão.
Muitas vezes, assumir riscos provoca tanto medo que decidimos nem pensar sobre as conse-
quências. E, sem entender os resultados possíveis, acabamos evitando inteiramente dar aten-
ção a ideias arriscadas ou sonhos.
O risco começa como um processo de pensamento. Caso você esteja pensando em
comprar uma casa nova ou decidindo se coloca o cinto se segurança, essa decisão envolve
algum nível de risco. Suas ideias sobre o risco vão influenciar o modo como se sente e, no fi-
nal, determinar seu comportamento. Quando dirige um carro, você decide quão rápido irá. Há
questões de segurança e legais, e você deve equilibrar esses riscos com seu tempo. Quanto
mais rápido dirige, menos tempo precisa gastar no carro, mas dirigir mais rápido também au-
menta o risco de se envolver em um acidente e enfrentar as consequências legais disso.
É improvável que você perca muito tempo pensando em que velocidade vai dirigir até o
trabalho todo dia. Sua decisão de obedecer a lei ou ultrapassar o limite de velocidade vai mui-
to de sua rotina. Se estiver atrasado algum dia, precisa decidir se vai dirigir mais rápido e ar-
riscar ter problemas físicos e legais ou se vai chegar ao trabalho mais tarde.
A verdade é que a maioria de nós não investe muito tempo calculando qual risco assumir
e qual evitar. Em vez disso, baseamos nossas decisões em emoções ou em nossos hábitos.
Se parece muito assustador, evitamos o risco. Se ficamos animados com os possíveis benefí-
cios, é mais provável que o ignoremos.
O PROBLEMA DE TEMER O RISCO
Quando todos os filhos de Dale terminaram a faculdade, ele quis fazer coisas mais desa-
fiadoras na vida. Mas, ao pensar em abrir um negócio, sentiu como se fosse pular de um pe-
nhasco sem rede de proteção. O que o professor de carpintaria não calculou foi o preço emo-
cional que o fato de evitar o risco estava lhe cobrando. Não seguir seu sonho estava afetando
seu humor porque mudava o modo como pensava sobre si mesmo e a maneira como encara-
va seu trabalho como professor.
NINGUÉM CHEGA A SER EXTRAORDINÁRIO
SEM ASSUMIR RISCOS CALCULADOS
Othmar Ammann era um engenheiro nascido na Suíça que imigrara para os Estados
Unidos. Começou como engenheiro-chefe do departamento portuário de Nova York e, após
sete anos, foi promovido a diretor de engenharia. Ele tinha um emprego importante.
Mas desde que se conhecia por gente, Ammann sonhava em ser arquiteto. Assim, dei-
xou seu cobiçado emprego e abriu o próprio negócio. Nos anos que se seguiram, contribuiu