Pulemos para 2012. Um estudo publicado no Journal of Experimental Psychology mos-
trou que os participantes do estudo aprendiam com seus erros do passado se tivessem a
chance de conhecer a informação correta. Na verdade, os pesquisadores descobriram que,
quando crianças pensavam em respostas potenciais – mesmo que estivessem erradas –,
suas taxas de retenção das respostas corretas melhorariam quando seus erros fossem cor-
rigidos. Crianças, assim como adultos, são capazes de aprender com seus erros quando
têm essa oportunidade.
Apesar do fato de que agora temos um estudo mostrando que podemos aprender com
nossos erros, é difícil desaprender por completo o que nos ensinaram quando éramos mais
jovens.
Durante seu desenvolvimento, você pode ter aprendido que é melhor esconder seus
erros do que encarar as consequências. E a escola não é o único lugar onde construímos
nosso modo de lidar com erros. Celebridades, políticos e atletas são comumente retratados
na mídia tentando encobrir seus enganos. Mentem e não admitem que fizeram algo errado
mesmo quando há evidências do contrário. E, quando negamos nossos erros, a probabili-
dade de examiná-los e tirar deles qualquer compreensão ou lição diminui, tornando-nos
mais suscetíveis a repeti-los no futuro.
A teimosia é um fator muito presente naqueles que costumam repetir seus erros. Uma
pessoa que faz um mal investimento pode dizer: “Bem, eu já investi tanto nisso agora que
posso muito bem continuar.” Em vez de perder pouco dinheiro, prefere continuar arriscando
porque é teimoso demais para parar. Alguém em um emprego que despreza pode dizer:
“Devotei dez anos de minha vida a esta companhia. Não vou querer sair agora.” Mas a úni-
ca coisa pior do que investir dez anos em algo prejudicial e improdutivo é investir qualquer
dia a mais.
A impulsividade é outra razão pela qual as pessoas repetem seus erros. Embora faça
sentido “levantar, sacudir a poeira e dar a volta por cima”, é mais inteligente descobrir pri-
meiro por que você caiu antes de tentar de novo.
Você se sente preso, sempre repetindo seus erros? Pode ser que isso tenha se torna-
do algo muito confortável. Uma mulher pode entrar em um relacionamento ruim após o outro
porque só sabe fazer assim. Pode continuar a sair com homens do mesmo círculo social
com problemas semelhantes por não ter a confiança para procurar oportunidades melhores
em outro lugar. Da mesma forma, um homem pode continuar recorrendo ao álcool porque
não sabe lidar com seus problemas sóbrio. Evitar esses erros e fazer algo diferente provo-
caria certa medida de desconforto.
E há aqueles que se sentem tão desconfortáveis com o sucesso que boicotam os pró-
prios esforços. Quando as coisas estão bem, ficam ansiosos, esperando que dê tudo erra-
do. E para aliviar essa ansiedade recorrem a seu velho comportamento autodestrutivo e re-
petem os mesmos erros de antes.
O PROBLEMA EM REPETIR NOSSOS ERROS
Kristy reconhecia que gritar com os filhos todo dia de nada adiantava. Não estava en-
sinando a eles como resolver problemas de forma eficiente e eles estavam aprendendo que
gritar era um comportamento aceitável. Quanto mais gritava com eles, mais eles gritavam
de volta. Você já viu um cão correndo atrás do próprio rabo em círculos? É assim que você
se sente quando repete seus erros. Você se cansa e mesmo assim não chega a lugar al-
gum.