Era Cristã, até os atuais morticínios do moderno Irã, passando pelos genocídios de Nagasaki e
Hiroxima, a humanidade, a cada cem anos, insiste em comprovar essa asserção.
Para enfrentar subversivos obstinados ao fanatismo que se rocavam livremente de um extremo a
outro do país e lutavam por consciência, não era concebível empregar as polícias militares e federal,
as primeiras restringidas às áreas estaduais, e ambas, além de despreparadas cívica e
profissionalmente para esses tipos de missões, reconhecidamente vulneráveis sob vários aspectos
tidos como essenciais.
Conheço profundamente o mundo das informações e seus tortuosos subterrâneos e asseguro que
naquela época - quiçá ainda hoje - as únicas organizações capazes de obter êxito nessa luta eram as
Forças Armadas.
Não faltava aos seus integrantes consciência da gravidade do momento em que estavam em jogo
os destinos da Nação brasileira; tinham formação cívica, bravura e entusiasmo para sustentar o
combate e pensavam mais na Pátria do que em si mesmos. Necessitavam, apenas, de uma estrutura
administrativa que se ajustasse às características da guerra revolucionária, porquanto a experiência
eles a adquiririam no entrevero.
Os chefes deram-lhes, então, os Centro de Operações da Defesa Interna e o Destacamento de
Operações de Informações. A subversão foi contida e quase extinta.
Eis, aí, a verdadeira causa da revoltante e acirrada campanha feita, por inspiração comunista,
contra esses dois órgãos de segurança - a subversão estertorava. Era e é, pois, o seu objetivo
prioritário extingui-los no mais curto prazo.
Ninguém pode assegurar que, numa luta de morte como a que foi travada, não tenha havido
violência, porque violência gera violência. Porém, querer atribuir-lhe um caráter sistemático e geral
é imputação caluniosa e desmoralizadora, de orientação marxista - o que se pode verificar pela
documentação apreendida e declarações de próprios subversivos presos.
Visa a conquistar a opinião pública e homens de boa-fé para pressionarem as autoridades
federais a dissolverem esses órgãos ou substituírem-nos por outros. Os argumentos jorram dos "bem-
intencionados" alegando que essa missão não é adequada ao Exército nem lhe cabe, sugerindo seja
entregue às polícias.
Mas como entregar às polícias militares e federal esta incumbência, se elas não conseguem
acabar com o "jogo do bicho", os assaltos às organizações, residências e transeuntes, o contrabando,
as redes de tóxico e a corrupção, da qual também se ressentem?
Se não conseguem assegurar aos cidadãos os direitos concernentes à vida, à liberdade, à
segurança e à propriedade - prerrogativas constitucionais -, isto é, dar-lhes a segurança pública,
como pedir-lhes que tomem o encargo da segurança interna que é a do regime?