Fotografe - Edição 281 (2020-02)

(Antfer) #1
Fotografe Melhor no 281

publicar com as autorizações”, explica ele,
que tem o material parado. “Vários dos
barbeiros já morrerem e hoje nem tem
como pedir mais autorização. Ir atrás das
famílias pode ser uma solução, mas ainda
não resolvi isso”, diz ele.
Com relação ao equipamento, utiliza
o absolutamente essencial: DSLR Canon
acompanhada das objetivas 24-70 mm, 50
mm e 70-200 mm. “Praticamente uso só
a 24-70 mm, pois gosto de chegar perto
do assunto a ser fotografado, mas sem
interferir na cena”, explica. O uso da luz
ambiente também é uma constante no
trabalho dele, que muito raramente lança

mão de um flash compacto dedicado.
Ele considera que o tripé é um acessório
fundamental para conseguir bons retratos
em situação de baixa luz.
Bassit migrou para o digital somente
em 2012, quando passou a tratar os
próprios arquivos. Antes disso, contava
com bons laboratoristas para revelar e
ampliar suas imagens. “Quando estou
fotografando, tento interferir o mínimo
possível no que está acontecendo diante
de mim. Sempre trato os fotografados
com muito respeito. Geralmente volto aos
lugares e presenteio os envolvidos com
seus retratos”, explica.

Quem é ele


Nascido em São Paulo (SP), em
1957, José Bassit começou a se
interessar pela fotografia quando
fazia faculdade de Comunicação
Social. Em 1984, morou um ano
em Londres, quando a fotografia
entrou de vez em sua vida. De volta
ao Brasil, começou a trabalhar
profissionalmente no jornal O
Estado de S. Paulo. Desde 1997,
atua como fotógrafo independente.
Instagram: @josebassit_fotos.

O fotógrafo gosta de usar a zoom 24-70 mm para se aproximar da cena sem interferir

Romeiros devotos
de Padre Cícero:
projeto sobre a fé
consumiu todas as
reservas financeiras
do fotógrafo

Fotos:

José Bassit

Ale Ruaro

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