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envolvidos no processo, que
pediu anonimato. “Se qualquer
informação for parar nas mãos
do mercado ou de concorren-
tes, a violação colocaria em
risco as operações globais da
Embraer e da Boeing”.
O temor é compartilha-
do por outro executivo, que
também pediu para não ter o
nome divulgado. Ele diz que as
exigências, em alguns pontos,
ultrapassaram a análise padrão
de uma fusão e seus riscos de
monopólio para uma depura-
ção completa dos negócios dos
dois fabricantes. “Não existe
muito sentido em solicitar
detalhes de contratos, valores
negociados etc.”, pontua. “Qual-
quer concorrente com estes
dados poderá realizar uma
engenharia contábil e obter
com relativa precisão detalhes
que envolvem até o custo de
cada homem hora da Embraer
ou da Boeing”.
SEPARAÇÃO
Mesmo sem comentar detalhes
das transações com a Boeing,
a Embraer avança em seu
processo de separação dos
negócios. Em abril de 2019,
anunciou Francisco Gomes
Neto, então presidente da Mar-
copolo, empresa especializada
na produção de carrocerias
para ônibus, como novo CEO e
presidente. Em janeiro último,
finalizou a construção de sua
nova sede, que está instalada
agora no distrito de Eugênio
de Melo, nas cercanias de São
José dos Campos. Nesse local, o
fabricante já mantinha parte de
seu centro de desenvolvimento,
incluindo o complexo sistema
de avaliação estrutural de pro-
tótipos – que conta com o Iron
Bird, a plataforma de desen-
volvimento conhecida também
como protótipo zero.
Ocupada pela Embraer
desde o início das suas ativida-
des na década de 1960, a nova
sede recebeu investimentos de
120 milhões de reais, passando
a contar com escritórios mais
modernos do que os existentes
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(Antfer)
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