Aero Magazine - Edição 309 (2020-02)

(Antfer) #1

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De todos os países do mundo,
nenhum oferece mais opções de
voo em aviões clássicos do que
os Estados Unidos. Além das
dezenas de museus e memoriais
espalhados pelo país, que possui
muitas aeronaves operacionais,
há inúmeros festivais e reuniões
de aviação histórica onde são
oferecidos voos curtos em
diversos modelos antigos. Uma
das opções mais bem organiza-
das e interessantes é oferecida
pela Collings Foundation, que
divulga no início de cada ano a
programação de shows aéreos
e voos itinerantes denominada
“Wings of Freedom”. Em 2020,
os aviões passarão por Flórida,
Texas, Ohio, Minnesota e New
Jersey.
A frota disponível para os
passeios em grupo inclui um
bombardeiro bimotor Nor-
th American B-25 Mitchell
(425 dólares por pessoa) e um
quadrimotor Consolidated
B-24 Liberator (475 dólares).
Entre a decolagem e o pouso,
os passageiros podem circular
pela aeronave para conhecer
a cabine e demais comparti-
mentos. Voos individuais de 30
minutos podem ser feitos em
versões biplace do Republic
P-40 Warhawk (2.200 dólares)
e do mítico North American
P-51 Mustang (2.400 dólares).
Os dois modelos têm controles
duplicados para que o passagei-
ro possa sentir o avião.

http://www.collingsfoundation.org/
flight-experiences

TOPGUNPORUMDIA


ESTADOS UNIDOS
Asas da
Liberdade na
América

Se a sequência do filme Top Gun repetir o
sucesso do filme original de 1986, é de se
esperar que cresça entre os fanáticos por
aviação o desejo de experimentar – ainda que
por alguns minutos – a sensação de voar na
cabine de um caça a jato de alto desempenho.
E, por melhores que sejam os simuladores de
voo atuais, somente um avião real consegue
repetir as sensações do corpo colando no
banco, a desorientação espacial e a força
centrífuga que pode superar os 9 g nas curvas
acentuadas. Jatos de treinamento como o
Fouga Magister e o L-39 Albatros dão uma
ideia aproximada do que seja um caça de
superioridade aérea. Mas existem opções para
quem quer voar um verdadeiro supersônico, de
fazer inveja ao Tom Cruise.
Os antigos Grumann F-14 Tomcat e o atual
Boeing FA-18E Super Hornet estão fora do
jogo: só são acessíveis a quem tem influência
e boas amizades na Força Aérea Iraniana ou
na US Navy. Não sendo esse o caso, restam
as opções. A Collings Foundation oferece o
“Vietnam Memorial Flight” em Houston, no

Texas, onde se pode voar no antecessor do
Tomcat: o poderoso McDonnell Douglas F-4
Phantom II, espinha dorsal da Força Aérea
e da Marinha norte americanas nos anos


  1. Como alternativa, há o pequeno e ágil
    Douglas TA-4J Skyhawk, o avião “agressor”
    que dá uma canseira nos jovens pilotos de F-14
    nas aulas de “dogfight” no filme de 1986 (e
    que ainda voa na Marinha brasileira). Mas os
    preços são bem salgados: 15 mil e 8 mil dólares,
    respectivamente, por 40 minutos de aventura.
    Outra possibilidade é voar em um dos mais
    tradicionais “adversários” dos F-14 e FA-18,
    que segue na linha de frente em diversas
    forças aéreas. Tanto a Mig Flug como a Fly a
    Jet Fighter, agenciam voos em caças MiG -29
    Fulcrum supersônicos da Força Aérea Russa.
    Um voo acrobático de 45 minutos, que inclui
    a quebra da barreira do som, custa cerca de
    17 mil dólares. Caso o passageiro queira uma
    ascensão balística aos limites do espaço, onde
    o céu fica escuro e se enxerga a curvatura da
    Terra, a conta sobe para estratosféricos 20 mil
    dólares.

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