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aeroportuária os problemas são
igualmente severos.
No segmento de linhas aéreas
regulares, grandes empresas
como a Gol, a Azul e a Latam
são a face mais visível. Problemas
com a dolarização nos preços
dos combustíveis, diferencial de
alíquota do ICMS sobre combustí-
veis, deficiências na infraestrutura
aeroportuária, falta de uma aviação
regional que promova o trans-
porte aéreo em cidades de menor
densidade de tráfego e, por fim, um
novo fenômeno no setor, que é a
“judicialização” sobre a atividade.
Atraso, cancelamento de voo,
extravio de bagagem ou outro
problema de qualquer natureza,
relacionado ao voo, a empresa
passa a receber uma avalanche de
processos na Justiça. O problema é
tão sério que, apenas a Latam, re-
cebe em média 500 ações por mês.
É realmente um fenômeno novo e,
para se ter uma ideia de sua gravi-
dade, a American Airlines recebe
no Brasil, mais ações na justiça do
que em todo o resto do mundo.
A quebra da Avianca Brasil
em 2018, num mercado onde
operavam apenas quatro empresas
aéreas regulares, foi uma forte
sinalização de que algo vai muito
mal no transporte aéreo brasileiro.
Os atuais problemas do setor
demandam uma ampla e demo-
ROTAS SUB-REGIONAIS
Um novo modelo de transporte aéreo aproxima aviação privada e regular
O uso de aeronaves como o Caravan na aviação sub-regional – Two Flex e
Astra operam o monoturboélice da Cessna – aproxima as fronteiras entre a
aviação privada e o transporte aéreo regular. No Fórum, falou-se que estas
companhias sub-regionais demandam pouca infraestrutura e podem se revelar
um vetor de crescimento, já que não precisam de sala de embarque e outras
“mordomias” para levar seus passageiros. Na maioria das vezes, uma pintura da
pista e a colocação de cercas no aeródromo são suficientes para se operar nessa
nova fronteira. Segundo a Infraero de Congonhas, que já recebe esses voos
sub-regionais, o desafio é receber uma aeronave que sai de um aeroporto sem
infraestrutura para um com e, portanto, com padrões diferentes de operação.
O MERC ADO
EM 9 SAL A S
Os debates no Fórum
Brasileiro de Transporte Aéreo
aconteceram respeitando a
seguintedivisão:
Linhas Aéreas
Regulares e
CargaAérea;
Linhas Aéreas
Regionais;
Aviação Geral
e Indústria
AeronáuticaLeve;
AviaçãodeNegócios
e AsasRotativas;
Manutenção
Aeronáutica;
Táxi-Aéreo;
Infraestrutura
Aeroportuária;
Seguros
Aeronáuticos;
Combustíveis.
crática discussão com todos aque-
les que, de alguma forma, fazem
parte do sistema de aviação civil,
sejam eles empresários, entida-
des representativas e autoridades
responsáveis. Pode dar muito
trabalho, mas, seguramente, é o
melhor caminho.
- O comandante Décio Corrêa é
o idealizador do Fórum Brasileiro
do Transporte Aéreo, realizado nos
dias 5 e 6 de novembro, no WTC
Events Center em São Paulo, que
reuniu integrantes das diversas
áreas da aviação civil em nove
salas de discussão e produziu um
documento enviado às principais
autoridades de aviação do país.