Aero Magazine - Edição 308 (2020-01)

(Antfer) #1

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Fabricante
General Atomics
Aeronautical Systems, Inc.
Custo unitário US$ 16 milhões (2013)
Início das
operações 1º maio de 2007

Função primária

Localizar, marcar a
posição com precisão e
abater alvos

Propulsão Turbo-hélice Honeywell
TPE331-10GD 
Potência 90 0 shp
Velocidade
máxima 482 km/h
Velocidade
de cruzeiro 169 nós (313 km/h)
Envergadura 20 m
Comprimento 11 m
Altura 3,8 m
Peso vazio 2. 2 23 kg
Peso máximo de
decolagem
4.760 kg

Capacidade de
combustível 1.800 kg (2.279 litros)
Carga útil 1,7 ton
Velocidade de
cruzeiro 370 nós (685 km/h)
Alcance 1.000 nm (1.852 km)
Teto operacional 50.000 ft (15.240 m)

Armamento

Mísseis AGM-114 Hellfire,
GBU-12 Paveway II e
GBU-38 Joint Direct
Attack Munitions (JDAM) 
Tripulação
(remota)

1 piloto e 1 operador de
sensores

O UAV MQ-9 REAPER
O General Atomics MQ-9 Reaper é uma aeronave
não tripulada capaz de ser pilotada remotamente ou
de ser operada de forma autônoma. O modelo foi
projetado para atender a requisitos operacionais da
USAF, a Força Aérea norte-americana.
fardo moral ao declarar que, na
verdade, o impacto dessas operações
é “muito maior do que jamais foi em
uma cabine tripulada”.

O HISTÓRICO
Foi na Guerra da Bósnia, em
1999, que a Força Aérea Ameri-
cana começou a usar drones Pre-
dator para monitorar atividades e
movimentações de seus inimi-
gos. Inicialmente, em missões
classificadas como Inteligência,
Monitoramento e Reconhecimen-
to (ISR). Cada time de MQ-1 era
composto de quatro aeronaves e
cerca de 60 militares.
A primeira grande evolução
deste sistema veio com a instala-
ção de um par de mísseis antitan-
que nos drones. O primeiro tiro
do Hellfire em voo ocorreu em 16
de fevereiro de 2001. O AGM-114
Hellfire havia sido originalmente
criado para armar helicópteros
que deveriam se contrapor às
ondas de blindados soviéticos nas
planícies da Europa Central. A
variante AGM-114P do Hellfire
foi especificamente projetada para
emprego em drones que voam em
altitudes de 15 mil pés, um nível
muito superior aos dois mil pés
usuais nos helicópteros.
A despeito de uma análise ne-
gativa em 2001 pelo escritório de
testes operacionais e de avaliação
do Pentágono – alegando que “o
sistema Predator não era opera-
cionalmente efetivo ou adequado”


  • ironicamente foram estes drones
    um dos primeiros equipamentos
    da USAF enviados para a Ásia
    Central após o 11 de setembro.


GUERRA AO TERROR
Drones vêm sendo usados pelos
americanos para assassinar
“terroristas” desde o início da
chamada Guerra ao Terror.
A partir do ataque de 11 de
setembro de 2001, o presidente
George W. Bush e seus sucessores
Barack Obama e Donald Trump
adotaram a prática de targeted
killing contra líderes terroristas
no exterior, matando membros
da al-Qaeda e de outros grupos
semelhantes em países remotos,
como Paquistão, Somália, Iêmen
e agora Iraque.
O modelo de ofensiva se revelou
um paradigma de tempos de guerra
assimétrica, em que os conflitos não
envolvem duas nações. Contro-
versos, esses ataques são realizados
previamente a “qualquer ato claro e
evidente dos alvos” e, principalmen-
te, sem que eles possam ser julgados
e condenados pelo legislativo ame-
ricano, suprimindo sumariamente
o que um dia foi o direito legal à
defesa. Por meio de uma “decapita-
ção”, como ficou conhecida, espera-
-se que a estrutura militar inimiga
(ou igualmente as organizações
paramilitares) perca sua capacidade
de combater adequadamente ao se
ver privada de seus líderes máximos
(suas “cabeças”).

O motor Honeywell
TPE331-10GD
fica na cauda, em
configuração pusher
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