Aero Magazine - Edição 308 (2020-01)

(Antfer) #1

MAGAZINE 308 | (^73)
Drones como o Reaper são
normalmente conhecidos pela sigla
MALE, indicando seu longo alcan-
ce e operação em médias altitudes.
As asas longas e estreitas, como as
de um planador, permitem voos de
longo alcance vitais para esse tipo
de missão. Sob a raiz das asas o
MQ-9 tem quatro robustos pilones,
dando-lhes a capacidade de carre-
gar e lançar duas bombas JDAM,
de até 500 quilos cada, guiadas por
sinal GPS, além de quatro misseis
Hellfire em cabides duplos.
O CONTROLE
O sistema de controle dos Reaper se
divide em dois ambientes separados,
o Launch and Recovery Element
(LCE) e o Mission Control Element
(MCE). A aeronave sempre decola
e pousa sob o radiocontrole de um
piloto humano do LCE, localiza-
do na sua base temporária – no
Oriente Médio ou onde quer que
esteja ocorrendo a operação. Alçado
o voo, o controle é transferido
para um piloto e um operador de
sensores instalados no MCE, a mais
de 12 mil quilômetros de distância.
Sim, o piloto que matou o líder
militar iraniano comandava o drone
da base aérea de Creech, no estado
americano de Nevada, por meio de
datalinks via fibra ótica e satélites.
A grande distância existente entre
operador e aeronave, cada um de
um lado do oceano Atlântico, gera
um atraso de dois segundos entre os
comandos dados e o efeito desejado
na aeronave.
Diferente dos pilotos de caças
tradicionais, que só identificam seus
alvos por alguns segundos antes
de disparar o míssil e voltar à sua
base, a autonomia extremamente
longa dos Reaper permite que seus
“tripulantes” observem por semanas
ou meses seu alvo enquanto executa
suas tarefas do dia a dia, antes que a
ordem de tiro seja finalmente dada.
Um comandante sênior da unidade
de Reaper confirmou o peso deste
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