VOO LIVRE REVISTA LITERÁRIA - Nº 26

(MARINA MARINO) #1

Crônica do Paulo


Simón Bolivar, José de San
Martin, Francisco Miranda,
Tiradentes, JoséBonifácio e Pedro I,
José Martí, puxaram com sotaque
latinoosambaenredo daImperatriz


na década seguinte: liberdade,

liberdade, abre as asas

sobre nós, e que a voz da

igualdade, seja sempre a

nossavoz.

E quando usamos o pronome
possessivo em “nossa voz” é para
destacar que é para nós mesmos.
Todos nós. Brancos, pardos, negros,
indígenas, pessoas com deficiência,
crianças, velhos, jovens, mulheres,
homens,heteros,homos,transsexuais
etudoomais.


Mas o problema do uso do
pronome “nossa” reside em ser
possessivo.


Posseéretenção.
Estadodequemretémalgoem
seunome.


Não somos donos da razão.
Deixemos de ser egoísta. Falemos,
masescutemos.Algunssenhores


feudaiscontinuamno passado,ainda
sevestemdeideiasenferrujadaseno
grito confundem vontades coletivas
com histerias temporais.
Propositalmente.
E assim mudamos de décadas,
deséculos,eacostumamo-nosaviver
esobreviverdeutopiasecastigos,de
varandas hedonistas com vista para
senzalas feridas, de fantasias
luxuosasdaSapucaímescladascoma
melodia melancólica das tímidas
notas do berimbau, do clichê da
bravura do marechal que proclama
em alto brado retumbante com a
mesmobrilho da espada oficial que
corta,machucaequecala.
A Inconfidência Mineira,
organizadapelaelitesocioeconômica
deVila Rica,nãoemergiu docampo
ou da cozinha, mas como ideia
separatista dequemtinha a riqueza
nasmãos.Insatisfaçãocomapolítica.
A ideia de se separar da Corte
Portuguesatinhacomoobjetivoouso
adequadoparaoouroeosdiamantes
dasGerais.
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