O Estado de São Paulo (2020-03-19)

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O ESTADO DE S. PAULO QUINTA-FEIRA, 19 DE MARÇO DE 2020 NotaseInformações A


N


um gesto espontâneo, cidadãos


foram à varanda de seus aparta-


mentos na noite de terça-feira


em São Paulo, no Rio de Janeiro,


em Brasília e outras cidades para


protestar contra o presidente


Jair Bolsonaro.


São brasileiros cansados de um presidente


cujo único talento parece ser a capacidade de


ampliar as crises que deveria administrar e con-


ter. O valor simbólico dessa manifestação, inde-


pendentemente de sua dimensão, é muito


maior do que o ato golpista de domingo passa-


do, em que grupos bolsonaristas, insuflados pe-


lo presidente, foram às ruas em algumas cida-


des para pedir o fechamento do Congresso e a


prisão de políticos e de ministros do Supremo


Tribunal Federal.


No domingo, Bolsonaro festejou o que cha-


mou de manifestação “espontânea” de seus


apoiadores, e disse que lá estava o “povo”. Es-


se devaneio populista começou a ser desfeito


na noite de anteontem, quando o presidente


experimentou a exasperação sincera de quem


está cansado de suas patranhas e resolveu de-


monstrar publicamente essa insatisfação.


Além disso, Bolsonaro vem perdendo popu-


laridade de forma acelerada nas redes sociais,


segundo a percepção do próprio entorno do


presidente, como informou o Estado. Como


se sabe, a única coisa que Bolsonaro leva a sé-


rio são os cliques e as intera-


ções do mundo virtual, que ele


toma por real. Ante a perspecti-


va de perder o controle no am-


biente em que até agora navega-


va soberano – por ter menospre-


zado uma epidemia letal e que


está causando imensos transtor-


nos e incertezas para todos os


brasileiros –, Bolsonaro tentou


parecer mais cordato. “Superar


esse desafio depende de cada


um de nós”, escreveu no Twit-


ter, pregando “serenidade” e pe-


dindo que “população e gover-


no, junto com os demais Poderes”, somem “es-


forços necessários para proteger nosso povo”.


Vindo de quem até horas antes se dizia vítima


de um “golpe”, denunciava a “disputa de po-


der” por parte “desses caras”, em referência


aos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e


do Senado, Davi Alcolumbre, e criticava as me-


didas sensatas dos governadores para conter a


pandemia, foi um avanço. Resta saber até on-


de irá a “moderação” de Bolsonaro.


Na mesma frase em que pregava a união de to-


dos para enfrentar a crise, o presi-


dente disse que “o caos só interes-


sa aos que querem o pior para o


Brasil”. Ou seja, mesmo quando


precisa demonstrar que governa


para todos e no interesse coleti-


vo, continua a valer-se de suas fan-


tasias conspirativas para propa-


gar sua mensagem divisionista e


de ódio, com a qual construiu sua


carreira política e chegou à Presi-


dência. O lobo pode até perder o


pelo, mas jamais perderá o vício.


Se estivesse realmente empe-


nhado em se emendar e agir co-


mo presidente da República, e não como chefe


de facção, Bolsonaro teria condenado categori-


camente a convocação, pelas redes bolsonaris-


tas, de uma nova manifestação governista, mar-


cada para 31 de março, aniversário do golpe de


1964, explicitamente destinada a defender um


novo golpe. Até agora não o fez. Pior: pelo Twit-


ter, informou que ontem haveria um “panelaço”


a favor de seu governo, como resposta aos pro-


testos daqueles que, presos em suas casas por


causa da quarentena imposta pela pandemia e


com os nervos à flor da pele, não suportam mais


um governante que tudo faz para politizar a epi-


demia, agravando uma situação que já é crítica.


Assim, de nada vale o mise-en-scène patético


de um presidente que agora aparece com seus


ministros, todos com máscaras, para tentar


mostrar serviço, pois a presença de Bolsonaro


já foi dispensada por aqueles que estão à frente


dos esforços contra a pandemia, inclusive no


próprio governo. Hoje, está claro que Bolsona-


ro não é um presidente, mas um estorvo. Não à


toa, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Man-


detta, que tem feito até aqui um bom trabalho,


corre o risco de perder o emprego para o dire-


tor da Anvisa, Antonio Barra Torres, um médi-


co bolsonarista que, para agradar ao chefe, não


viu nenhum risco de contaminação da covid-


numa manifestação governista da qual partici-


pou o presidente.


Até aqui, Bolsonaro viveu de inventar crises.


Na primeira crise real de seu governo, mos-


trou do que é feito.


A

o julgar um re-


curso contra de-


cisão do Tribu-


nal de Justiça do


Rio Grande do


Norte, que obri-


gou o governo estadual a for-


necer remédios de alto custo


fora da lista do Sistema Único


de Saúde (SUS) a uma pacien-


te cardiopata sem condições


financeiras, o Supremo Tribu-


nal Federal (STF) tomou uma


decisão sensata.


Por um lado, entendeu que,


em casos excepcionais, Esta-


dos e prefeituras têm de ar-


car com as despesas, desde


que os remédios estejam re-


gistrados na Agência Nacio-


nal de Vigilância Sanitária.


Por outro lado, determinou


que, nos casos não excepcio-


nais, o poder público só deve


pagar os medicamentos que


constam da lista do SUS. A


distribuição de medicamen-


tos é prevista pela Constitui-


ção, cujo artigo 196 define


que “a saúde é direito de to-


dos e dever do Estado”.


A ação foi impetrada em


2007 e seu julgamento pelo


STF, que começou em 2016,


foi interrompido por pedido


de vista do ministro Teori Za-


vascki, que morreu num aci-


dente aéreo em 2017. Apesar


da decisão tomada na sessão


plenária de 11 de março deste


ano, o caso ainda não foi to-


talmente encerrado porque


os ministros deixaram para


definir nas próximas sessões


os critérios para concessão


de medicamentos em casos


excepcionais.


Embora o STF já tenha ma-


nifestado entendimento seme-


lhante nessa matéria nos últi-


mos anos, este caso tem uma


peculiaridade. Como foi julga-


do sob o rito do princípio da


repercussão geral, a decisão


dada a ele valerá para mais de


42 mil processos idênticos


que tramitam nas diversas ins-


tâncias do Poder Judiciário. Is-


so deve reduzir significativa-


mente o problema da judiciali-


zação da saúde, que desde o


início da década de 2000 afe-


ta municípios, Estados e a


União. Ele começou quando


as áreas de saúde das três ins-


tâncias decidiram, por falta


de recursos orçamentários,


não atualizar a lista de medi-


camentos do SUS. A justifica-


tiva foi que os gastos com os


tratamentos de alto custo pa-


ra poucos pacientes reduzem


os recursos direcionados ao


restante da coletividade.


No início, essa estratégia


permitiu a contenção de gas-


tos, uma vez que esses remé-


dios eram antigos e sobre eles


não insidia o pagamento de


royalties para os laboratórios


farmacêuticos. Com o avanço


da tecnologia, porém, foram


surgindo remédios de nova ge-


ração muito mais eficientes, o


que levou o Ministério Públi-


co e as Defensorias Públicas a


recorrerem aos tribunais. Is-


so fez com que a discussão


nos tribunais passasse a envol-


ver o alcance da discriciona-


riedade das prefeituras, Esta-
dos e União em matéria de po-

lítica pública. O problema ga-


nhou tal magnitude que, há al-


guns anos, com apoio de um


hospital de São Paulo, o Con-


selho Nacional de Justiça fir-


mou um acordo de coopera-


ção técnica com o Ministério


da Saúde para dar suporte a


decisões judiciais relaciona-


das a problemas de custeio de


medicamentos de última gera-


ção. Pelo acordo, o hospital


emite parecer sobre a impres-


cindibilidade de medicações


não listadas pelo SUS.


Os ministros que votaram


na sessão de 11 de março toca-


ram nesse ponto. “Direitos so-


ciais são plenamente judiciali-


záveis, independente de reser-


vas orçamentárias. Não cabe


ao Judiciário formular políti-


cas públicas, mas pode corri-


gir injustiças concretas”, dis-
se o relator, ministro Marco

Aurélio. “O fato de o medica-


mento ser de alto custo e para


doença rara não libera o po-


der público de estabelecer po-


líticas públicas para o atendi-


mento da pequena parcela da


população atingida. Ao contrá-


rio, justamente as dificulda-


des de mercado que levam ao


desinteresse da indústria na


pesquisa e comercialização


desses remédios demandam


uma ação estatal para concre-


tizar o direito à saúde. Precisa-


mos racionalizar essas


ações”, endossou o ministro


Gilmar Mendes.


Neste momento em que o


poder público atravessa uma


grave crise fiscal e o País en-


frenta uma das piores epide-


mias de sua história, com


muitas consequências ainda
não de todo mapeadas pelos

sanitaristas, a decisão do STF


é oportuna.


D

iante das cir-


cunstâncias ex-


traordinárias


impostas pela


pandemia do


novo coronaví-


rus, é louvável a reação dos Po-


deres da República, adotando


medidas também excepcio-


nais, tanto para reduzir o contá-


gio como para minimizar os


efeitos sociais e econômicos


da covid-19.


Com a urgência que o tema


requer, a Câmara dos Deputa-


dos aprovou, na terça-feira pas-


sada, três projetos de lei que


contribuem para o enfrenta-


mento da pandemia. O primei-


ro refere-se à liberação de re-


cursos a Estados e municípios,


permitindo o uso de saldos de


repasses do Ministério da Saú-


de de anos anteriores em servi-
ços de saúde diversos aos origi-

nalmente previstos.


O segundo projeto de lei


aprovado proíbe a exportação


de produtos médicos, hospita-


lares e de higiene que sejam es-


senciais para o combate à pan-


demia de coronavírus, enquan-


to perdurar o quadro de emer-


gência em saúde pública. O ter-


ceiro projeto libera a venda de


álcool em embalagens maiores


que as permitidas atualmente,


facilitando o uso do produto


para desinfecção.


Vale lembrar que, no início


de fevereiro, o Congresso apro-


vou a Lei 13.979/2020, dispon-


do sobre “as medidas para en-


frentamento da emergência de


saúde pública de importância


internacional decorrente do co-


ronavírus”. Entre outras ações,


a lei dispõe sobre o isolamento,
a quarentena e a realização

compulsória de exames médi-


cos, testes laboratoriais, coleta


de amostras clínicas, vacina-


ção, bem como a “restrição ex-


cepcional e temporária de en-


trada e saída do País” de acor-


do com orientações da Anvisa.


Na terça-feira passada, o Mi-


nistério da Saúde e o Ministé-


rio da Justiça expediram porta-


ria regulamentando a Lei


13.979/2020 e relembrando que


o Código Penal tipifica como


crimes condutas contrárias à


saúde pública. A portaria men-


ciona o art. 268, que trata da


“infração de determinação do


poder público, destinada a im-


pedir introdução ou propaga-


ção de doença contagiosa”, e o


art. 330, a respeito da desobe-


diência à ordem legal de funcio-


nário público.


“Contamos com todos os


brasileiros para que essas medi-


das sejam cumpridas volunta-


riamente e com responsabilida-


de”, disse o ministro Sérgio Mo-


ro, lembrando ainda que quem


descumprir orientação de isola-


mento ou quarentena terá de


responder perante a Justiça.


Ainda que tenha agido com


inexplicável atraso, o Palácio


do Planalto agora atuou corre-


tamente ao solicitar ao Poder


Legislativo o reconhecimento


de Estado de Calamidade Públi-


ca. Prevista para durar até o dia


31 de dezembro de 2020, a me-


dida, que precisa ser aprovada


pelo Congresso, permitirá reali-
zar gastos extraordinários,

além do que foi fixado na lei or-


çamentária deste ano.


O ajuste fiscal é uma eviden-


te necessidade do País. No en-


tanto, diante da pandemia do


novo coronavírus, o reequilí-


brio das contas públicas deixa


de ser prioridade absoluta. A ur-


gência agora é salvar vidas e


prover todas as condições pos-


síveis para que a economia seja


afetada o menos possível. “O


decreto de calamidade pública


por conta da covid-19 (...) é


uma medida importante para a


flexibilização de mais recursos


para o atendimento à nossa po-


pulação”, disse o presidente do


Senado, Davi Alcolumbre.


A despeito das reticências do


presidente da República – até o


início da semana ele tratava a


pandemia do novo coronavírus


como histeria –, o governo fede-
ral determinou o fechamento

da fronteira com a Venezuela,


em função do avanço do vírus.


Comentando a medida, o presi-


dente da Câmara, Rodrigo


Maia, disse que “o governo já


deveria ter fechado as frontei-


ras. Já deveria ter restringido


os voos internacionais e a circu-


lação de pessoas, principalmen-


te nos Estados onde a projeção


é de problemas maiores, como


nos Estados do Rio e de São


Paulo”. Ontem, a Agência Na-


cional de Transportes Terres-


tres suspendeu o transporte in-


ternacional de passageiros em


região de fronteira.


Situações excepcionais exi-


gem medidas excepcionais. A


reação diligente das institui-


ções é um fato extremamente


positivo. Se houve casos de ce-


gueira deliberada em algumas
autoridades, tal disfuncionalida-

de não foi a resposta habitual.


A responsabilidade teve voz.


Com os nervos à flor da pele


ANTONIO CARLOS PEREIRA / DIRETOR DE OPINIÃO

Diante da pandemia, o


ajuste fiscal não é


prioridade. A urgência é


salvar vidas, e a economia


Notas & Informações


O STF e a saúde


Decisão deve reduzir


significativamente a


judicialização da saúde


no País


A voz da responsabilidade


lPandemia


Prudência e heroísmo


Estamos em guerra. E guerras


não se ganham com pessoas


que se escondem do inimigo,


mas com as que o enfrentam.


Evidentemente, quem está em


grupos de risco precisa se pro-


teger o melhor possível, para


sua própria segurança e para


evitar o colapso dos sistemas


de saúde. É lógico que se proí-


bam e evitem reuniões e aglo-


merações desnecessárias. En-


tão, compete aos jovens saudá-


veis formar o exército que en-


frentará o inimigo, não apenas


nas áreas de saúde e seguran-


ça. O País não pode parar. As


cadeias de produção de ali-


mentos, remédios e outros


bens de primeira necessidade


precisam funcionar a pleno


vapor. Os sistemas de trans-


porte precisam continuar a


operar, da forma mais segura


possível, para atender pessoas


e produtos que formam essas


cadeias. E quem puder volun-


tariar-se para apoiar as fren-


tes de batalha que o faça. Doe


sangue, doe ação, doe seu tem-


po, doe amor. Neste momen-


to precisamos da prudência


dos velhos, do senso de urgên-


cia dos líderes e do heroísmo


dos jovens.


CÉSAR GARCIA

[email protected]

SÃO PAULO

Consequências da quarentena


A quarentena pode levar a


uma crise de abastecimento


mundial sem precedentes.


Não se discute a necessidade


do isolamento social para con-


ter o avanço da doença, mas


como fazer isso quando mi-


lhões de pessoas precisam pe-


gar condução para trabalhar?
O desafio é criar uma logística

que permita fazer a quarente-


na e manter o abastecimento.


O Brasil teve uma amostra do


que é uma crise de abasteci-


mento na greve dos caminho-


neiros, que em poucos dias


paralisou o País. Uma quaren-


tena por tempo indetermina-


do pode ter consequências ca-


tastróficas se não for acompa-


nhada por uma exercício de


inteligência logística. Um bom


começo seria a desinfecção


sistemática de metrôs e ôni-


bus e de suas estações.


MÁRIO BARILÁ FILHO

[email protected]

SÃO PAULO

Tragédia da humanidade


Se, um dia, o homem manifes-


tou temor de que uma guerra


nuclear destruísse a humanida-


de, agora ele está vendo que


um simples vírus pode ser


mais devastador do que qual-


quer bomba de hidrogênio...


AURÉLIO QUARANTA

[email protected]

SÃO PAULO

Pânico


O pânico está começando. In-
formações desencontradas,

das autoridades federais em


especial, mostram a bagunça


em que vivemos. O presidente


desatende a recomendações


comportamentais e depois, de


forma pueril, procura justifi-


car. Daí a vaca já foi pro bre-


jo... O que faremos? A econo-


mia vai afundar, a saída de dó-


lares é brutal e também cola-


bora para o aumento de seu


preço no mercado. Do orça-


mento fiscal nem se fale. Em


suma, estamos mal. Leio que


os EUA, por iniciativa do presi-


dente Trump, pretendem doar


mil dólares a cada cidadão –


para alguns democratas deve-


riam ser 2 mil. Governo de ver-


dade, em especial nos momen-


tos mais difíceis, é o voltado


para o povo, que assiste, atôni-


to, a picuinhas entre os Pode-


res Executivo, Legislativo e


Judiciário. Pobre Brasil.


MARIO COBUCCI JUNIOR

[email protected]

SÃO PAULO

Hospital x estádio


O dinheiro para os hospitais,


tão necessários neste momen-


to, desapareceu – e grande par-
te foi roubada – na construção

e reforma dos estádios para a


Copa do Mundo de Futebol


da Fifa de 2014 e na constru-


ção da Vila Olímpica no Rio


de Janeiro, em 2016. Aventura


irresponsável do petismo.


ANDRE COUTINHO

[email protected]

CAMPINAS

Prevenção adiada


O terror do vírus que atingiu


o Brasil não deveria aconte-


cer, ou pelo menos poderia


ser mitigado, se as autorida-


des fossem mais sérias e céle-


res na prevenção. Durante o


carnaval a covid-19 já se havia


disseminado no mundo, com


óbitos. Pois bem, nos casos de


pessoas contaminadas aqui,


no País, que agora estão apare-


cendo, fazendo as contas, o


contágio se deu na altura do


carnaval, levando em conside-


ração o período de manifesta-


ção do vírus no corpo, de 10 a


15 dias. Cabe ressaltar que


muitos que estão doentes não


viajaram para o exterior. Daí


se pergunta: por que as autori-


dades, seja na esfera federal


ou estadual, não tiveram a co-
ragem de cancelar e/ou adiar a

festa do carnaval? Por quê?


EUGENIO DE ARAUJO SILVA.

[email protected]

CANELA (RS)

Feliz 2021


2020, o ano mais curto do ca-


lendário gregoriano no Brasil.


Começou na Quarta-feira de


Cinzas, em 26 de fevereiro, e


terminou quando foi decreta-


da a pandemia, em 14 de mar-


ço. Feliz 2021!


CARLOS COELHO

[email protected]

SÃO PAULO

Declaração de IR


Para fazer a Declaração do Im-


posto de Renda (IR) da Pes-


soa Física muitos contribuin-


tes, especialmente os idosos,


têm de se deslocar em busca


de documentos e para entrega-


rem ao contador ou a outra


pessoa apta a ajudá-los. A Re-


ceita Federal está cogitando


de adiar a entrega para época


com menor risco de contágio,


talvez até o fim de setembro?


LUIZ C. BISSOLI

[email protected]

SÃO PAULO

Vivendo como canhotos


Dica de médico: use sempre a


mão não dominante (a esquer-


da, no caso de destros) para


abrir portas, apertar campai-


nha e botão de elevador, apoi-


ar-se em corrimão, manusear


objetos, dinheiro, cartão, etc.,


pois a chance de levar a mão


ao rosto (maior risco de trans-


missão do vírus) é muito


maior com a dominante. Esse


método foi usado na Coreia


do Sul com bons resultados.


JORGE A. NURKIN

[email protected]

SÃO PAULO

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